Não foi só a Olimpíada Rio 2016 que tirou o fôlego de atletas (e torcedores) das 42 modalidades do maior evento esportivo mundial. Outros “atletas” — estudantes de escolas do ensino fundamental e médio do País — também suaram a camisa para conquistar medalhas em olimpíadas escolares nacionais e internacionais, que ocorreram, paralelamente, aos 19 dias dos Jogos.
Prepararam-se física e psicologicamente para enfrentar provas de história, matemática, informática, entre outros assuntos. Alunos cearenses ou radicados no Estado estão entre os vitoriosos.
Foi o caso do piauiense Rogério Júnior, 17, e do brasiliense Lucca Siaudzionis, 18.
Os jovens são alunos da escola Farias Brito, na Aldeota, e representaram o País ao lado de outros dois estudantes, um de Recife e outro de São Paulo, na 28ª Olimpíada Internacional de Informática (IOI), na Rússia. Os meninos, radicados em Fortaleza, foram os únicos do País a conquistarem medalha, de prata.
“O segredo é criar uma rotina, fazer questões no nível cobrado nas competições.
O fator psicológico e a forma como você vai buscar estratégia para cada questão também contam muito”, ensina Rogério, que descobriu o gosto pela informática em meados de 2014. Ele está no 3º ano do ensino médio e agora pretende seguir o mesmo caminho de Lucca: estudar computação no exterior.
Lucca é de Brasília e mora no Ceará desde 2009. Para o jovem, a medalha é apenas um símbolo. “O que importa mesmo é participar. A premiação é uma recompensa”, distingue. O estudante terminou o ensino médio e foi aprovado para estudar computação e business na University of British Columbia (UBC), no Canadá.
O professor e supervisor das turmas de pré-vestibular do Farias Brito, Marcelo Pena, acompanhou o rendimento dos alunos. Os adolescentes passaram por uma série de aulas, inclusive com um professor polonês renomado por treinar equipes vitoriosas. “Houve investimento, mas, antes de tudo, houve determinação por parte dos estudantes”, resume Marcelo. “Eles, realmente, vivem a olimpíada”.
Com a conquista na Rússia, o País foi o melhor colocado entre os países iberoamericanos, sendo o único entre eles a conseguir duas medalhas de prata.
História
Na 8ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), realizada na cidade de Campinas, em São Paulo, equipes cearenses conquistaram medalhas. Com mais de 400 mil inscritos — e apenas 300 vencedores —, o Estado obteve o maior número de vitórias. São Paulo e Rio Grande do Norte tiveram 15 e 14 medalhas, respectivamente. O Nordeste foi a região com maior número de equipes medalhistas.
Na Capital, alunos do colégio Cônego Francisco Pereira, em Messejana, conquistaram medalha de ouro e prata. Estudantes do Colégio Santo Inácio e das escolas Nossa Senhora das Graças, no Bairro de Fátima; Master, Ari de Sá Cavalcante e 7 de Setembro conquistaram prata. As últimas quatro também ganharam bronze.
Outras medalhas de bronze foram para representantes dos colégios Militar de Fortaleza, Santa Cecília e Lourenço Filho, na Parangaba.
No Interior, alunos da escola Doutor José Alves da Silveira, em Quixeramobim, distante 206,8 km da Capital, também ganharam o bronze.
Saiba mais
Em 2015, o Ceará teve 1,8 mil alunos medalhistas de ouro em 14 das principais olimpíadas nacionais, ficando atrás, apenas, de estudantes de São Paulo, que conquistaram 35 medalhas douradas.
Fonte: Opovo.com