O número de mortos em razão do terremoto que atingiu a região central da Itália aumentou para 247, informou na manhã desta quinta-feira, 25, a Defesa Civil italiana, 27 horas após a ocorrência do sismo de 6,2 graus de magnitude que devastou cidades como Amatrice, Accumoli e Pescara del Tronto.
As equipes de resgate trabalharam durante toda a noite na busca por sobreviventes. Muitas pessoas dormiram em carros ou barracas, enquanto alguns tremores ainda eram sentidos. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que ao menos 386 feridos haviam sido levados para hospitais.
Diversas comunidades na região dos Montes Apeninos foram devastadas, entre estas, Amatrice, a 150 quilômetros da capital, considerada um dos mais belos vilarejos do país e origem do famoso molho amatriciana.
“Metade da cidade já não existe“, afirmou o prefeito, Sergio Pirozzi. Um hotel com cerca de 70 hóspedes desabou. Até o momento, apenas sete corpos foram resgatados. “Ouvimos vozes sob os escombros. Tudo deve ser feito para salvar essas pessoas”, disse o prefeito.
Outras das localidades mais atingidas foram as também pitorescas cidades de Accumoli, Arquata del Tronto e Pescara del Tronto. Em visita à região, a presidente do Parlamento italiano, Laura Boldrini, comparou a situação em Pescara del Tronto à de uma cidade bombardeada. “Não há mais nada ali. Apenas escombros”, afirmou.
O terremoto ocorreu às 3h36 (hora local) de quarta-feira, a sudeste de Norcia, cidade da província de Perugia, com epicentro a dez quilômetros de profundidade, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O sismo foi seguido de dezenas réplicas.
O tremor foi sentido também em Roma, a 170 km do epicentro. De acordo com o jornal La Repubblica, as casas em Roma tremeram por cerca de 20 segundos. Segundo o Corpo de Bombeiros, houve relatos de feridos na capital italiana. As autoridades locais chegaram a ordenar uma avaliação da estrutura do Coliseu romano.
O cientista do Instituto Italiano de Geofísica e Vulcanologia Massimo Cocco avalia que a força do terremoto não foi extrema. O maior problema, diz ele, está na estrutura dos edifícios. As casas antigas não tinha qualquer proteção contra tremores de terra.
A região afetada fica a uma hora de distância de Áquila, na região de Abruzos, onde em 2009 um terremoto de magnitude 6,3 deixou mais de 300 mortos.
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Fonte: Deutsche Welle