Caminhoneiros mantêm manifestações em pelo menos uma rodovia estadual e em estradas federais do Ceará nesta quarta-feira (30), décimo dia seguido de manifestações no país. Usuários das rodovias relatam bloqueios nas BRs 226, 222 e 020. Manifestantes estacionados às margens da rodovia estadual CE-155 não interditam vias, mas barram a saída de cargas do Porto do Pecém.
Um funcionário de uma distribuidora de bebidas disse ao G1 por volta das 10h que motoristas da empresa estão barrados por caminhoneiros entre as cidades de Crateús e Independência, na rodovia BR-226.
De acordo com ele, pneus em chamas na pista impedem a passagem de veículos de carga. Uma moradora da cidade de Independência disse que o trânsito só é liberado para serviços de urgência, como ambulâncias.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) não se pronuncia sobre os bloqueios. O último relatório, de 18 horas desta terça-feira (29), informou que havia 15 pontos de concentração de caminhoneiros sem interdições totais.
Caminhoneiros interditam parcialmente o km 334 na BR-222 para o trânsito de veículos de cargas, em Tianguá. Os motoristas estacionaram carretas em uma das faixas da via e liberam carros de passeio, ônibus e ambulância.
Na BR-020, caminhoneiros fecharam uma das saídas da cidade de Tauá em direção ao Cariri, Sul do Ceará.
Caminhões estão estacionados em postos de combustível na rodovia BR-116, na altura dos quilômetros 16 e 18. O trânsito no local está livre para acesso de veículos.
Os caminhoneiros protestam no Ceará e em outros estados do pais desde o dia 21 deste mês.
Porto do Pecém
Um outro grupo de caminhoneiros fechou a saída de cargas do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo um dos participantes, cerca de 200 caminhoneiros participam da manifestação.
Os caminhoneiros estacionaram os veículos no acostamento da rodovia CE-155 e da estrada que dá acesso à localidade do Cauípe. No entanto, o trânsito nestes locais não foi interrompido.
A Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa), em Maracanaú, segue desabastecida de alimentos não produzidos no Ceará. Nesta quarta-feira, três caminhões conseguiram chegar à Central. São as primeiras entregas desde quinta-feira (24), mas normalmente são 16 cargas diárias. “Estou vindo todo dia comprar, mas não tem produto, e o que tem está caro”, disse o comerciante José Inácio à reportagem da TV Verdes Mares nesta quarta. A central teve queda de vendas de cerca de 40% desde o início da paralisação. Faltam produtos como abacate, morango, uva, gioaba, pera, laranja e bata inglesa.
Aeroporto de Fortaleza
O Aeroporto de Fortaleza recebeu na noite desta quarta-feira (29) seis carretas com combustível. Porém, segue operando nos seus níveis de reserva, conforme nota da administração. A nova previsão é que as operações sigam com normalidade até o início da tarde da sexta-feira (1º).
Nordeste Notícia
Fonte: G1