Em 2024, o Ceará registrou um aumento de homicídios, com pelo menos 3.151 mortes violentas até 20 de dezembro, comparado a 2.970 em 2023. Este aumento de 6% é atribuído principalmente à intensificação da guerra entre facções criminosas. Fortaleza também viu um aumento de homicídios, com 801 casos em 2024, comparado a 738 em 2023. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) destacou uma redução de homicídios nos últimos meses do ano, devido a investimentos e intensificação da presença policial.

Um dos principais crimes ocorridos no ano foi a Chacina de Viçosa do Ceará, que deixou oito mortos e dois feridos. Criminosos abordaram as vítimas em uma praça, mandaram elas ficarem enfileiradas e efetuaram os disparos. Pelo menos dois suspeitos de participarem do crime foram presos pela polícia em outros estados brasileiros enquanto fugiam.

A SSPDS ressaltou que o Ceará teve uma redução de 5,8% nas mortes violentas e Fortaleza, uma redução de 10,7%, entre julho e novembro de 2024, na comparação com igual período de 2023. Houve intensificação na presença policial nas ruas e novos policiais militares e civis foram empossados, fortalecendo ações ostensivas e investigativas.

A guerra entre facções criminosas no Ceará se intensificou nos últimos anos, com a entrada de uma nova organização criminosa denominada Massa Carcerária, que provocou uma “troca de facções”. A disputa entre a nova facção e os grupos mais antigos foi se acirrando, com o tráfico de drogas sendo o elemento central.

O sociólogo Luiz Fábio Paiva, da Universidade Federal do Ceará (UFC), afirmou que o número de mais de 3 mil pessoas mortas em um ano é muito significativo e tem outras causas além da guerra entre facções criminosas. Ele destacou a ineficiência em tratar determinadas situações e a dificuldade no controle da ação das facções.

Para reforçar a Segurança Pública no Ceará, o governador Elmano de Freitas lançou o programa Ceará contra o Crime, que visa articular políticas públicas para promover lazer, cultura e esporte em territórios vulneráveis.

 

com informações do Diário do Nordeste

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