O Papa emérito Bento XVI morreu, neste sábado (31), aos 95 anos, segundo informou o Vaticano em comunicado oficial. Apesar de a causa da morte não ter sido anunciada, a piora súbita no estado de saúde do religioso já havia sido revelada pelo Papa Francisco.
“Lembremo-nos dele. Ele está muito doente, pedindo ao Senhor que o console e sustente neste testemunho de amor pela Igreja até o fim”, pontuou Francisco, em italiano, durante a audiência geral semanal, realizada na quarta-feira (28). O pedido foi de orações dos fiéis à saúde de Bento.
Desde a renúncia ao maior cargo da Igreja Católica, Bento XVI seguia vivendo em um antigo convento nos jardins do Vaticano. No local, convivia com a companhia do secretário pessoal, o arcebispo Georg Ganswein, e alguns outros auxiliares e equipe médica.
VIDA DE BENTO XVI
Filho de Joseph Ratzinger e Maria Peintner, Bento XVI, nascido Joseph Aloisius Ratzinger, teve dois irmãos, Georg e Maria. Desde cedo, se dedicou à vocação sacerdotal e também acumulou a forte relação com a música, sendo um verdadeiro fã da obra de Wolfgang Amadeus Mozart.
No período de 1946 a 1951, estudou filosofia e teologia na Escola superior de filosofia e teologia de Frisinga e na Universidade de Munique, na Alemanha, sendo ordenado para o sacerdócio no dia 29 de junho de 1951, segundo informa o site do próprio Vaticano.
Anos depois, já no dia 25 de março de 1977 foi nomeado pelo Papa Paulo VI como Arcebispo de Monastério e Frisinga, recebendo, logo em seguida, a ordenação episcopal.
No dia 27 de junho de 1977, se tornou Cardeal e, em 1993, foi chamado para integrar a Ordem dos Bispos. Bento foi escolhido como papa no dia 19 de abril de 2005, como o sucessor de João Paulo II, que reinou por 27 anos.
Já em 2013, Bento XVI virou o primeiro pontífice a renunciar ao posto em seis séculos. Na época, ele alegou que não possuía mais condições físicas ou mentais para presidir a Igreja Católica.
Entre os conhecimentos pessoais, tinha como característica o domínio de, pelo menos, seis idiomas, entre os quais alemão, italiano, francês, latim, inglês, castelhano, além dos conhecimentos de português, grego antigo e hebraico. Fora a língua, ainda foi membro de várias academias científicas da Europa.
Joseph Ratzinger foi o primeiro Decano do Colégio Cardinalício eleito Papa desde Paulo IV, em 1555, além de ser o primeiro cardeal-bispo eleito Papa desde Pio VIII, em 1829.
Diário do Nordeste