O traficante preso em abril deste ano com carros de luxo avaliados em R$ 1,4 milhão atuava como chefe de uma organização criminosa de origem carioca como avaliador da qualidade das drogas que ele traficava para outros países. Rodrigo Sebastião, 45 anos, foi preso com a mulher em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, em uma operação da Polícia Civil. Com eles, a polícia apreendeu, além dos carros de luxo, joias, ouro e imóveis.
Após a prisão, a polícia seguiu investigando o casal e descobriu que Sebastião era traficante internacional e que ele avaliava as drogas a partir de fotos que ele recebia pelas redes sociais. Ainda segundo a Polícia Civil, Sebastião também atuava como negociador de armas como fuzil, além de granadas. Ele vivia uma vida de ostentação com a mulher com dinheiro do tráfico de drogas.
A mulher dele foi solta dias depois da prisão e responde em liberdade porque tem duas filhas com problemas de saúde.
A defesa de Sebastião nega o cometimento dos crimes e disse que nunca foram encontradas drogas com ele.
A defesa afirmou ainda que Sebastião foi condenado por roubo a banco em outro estado, cumpriu pena e se mudou para o Ceará para recomeçar a vida como vendedor de veículos de luxo. Disse também que nenhum carro apreendido era dele, que os donos estão requerendo os veículos e que Sebastião não tinha nenhum apartamento nem riqueza.
Empresa de fachada
A polícia investigou e também descobriu que o traficante fazia compras de luxo através de uma empresa de fachada para despistar a polícia. Sebastião também viajava para outros estados de onde a droga seria enviada para fora do Brasil.
Em um dos casos, segundo apurações da polícia, ele se deslocou do Ceará até o Pará para enviar 320 quilos de cocaína escondidos em uma carga de açaí para Portugal.
A droga foi enviada via marítima e, depois de dois meses, chegou ao país português. Equipes da Polícia Federal conseguiram localizar a carga e fazer a apreensão.
g1