Uma grande quantidade de dinheiro que estava escondida em uma caixa na sede de uma empresa de Fortaleza no dia da prisão — Foto: Polícia Federal/Divulgação

O ex-deputado federal cearense Adail Carneiro teve habeas corpus negado pelo Tribunal Regional Federal da 5º Região (TRF-5). A decisão foi tomada no último dia 17 de dezembro e publicada no site do Tribunal nessa segunda-feira (21) e mantém o ex-parlamentar detido em um presídio do sistema penitenciário cearense.

Adail Carneiro foi preso em flagrante na posse de R$ 2 milhões em espécie, na segunda fase da Operação KM Livre, da Polícia Federal. Ele é suspeito de lavagem de dinheiro que já dura 20 anos e movimentou cerca de R$ 600 milhões, conforme as investigações.

“Decide a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por maioria, indeferir a medida liminar em habeas corpus, nos termos do relatório e voto anexos, que passam a integrar o presente julgamento”, consta na certidão de julgamento.

O pedido havia sido solicitado pela então defesa do ex-deputado, assinada pelo criminalista Flávio Jacinto. O investigado mudou de advogado após a decisão. O atual responsável pelo caso, o advogado Sérgio Rebouças foi procurado, mas ainda não respondeu os questionamentos do G1.

Ex-deputado do Ceará é preso em flagrante com R$ 2 milhões de origem suspeita

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Dinheiro em caixas

De acordo com a Polícia Federal, o dinheiro apreendido com o ex-deputado estava escondido em caixas de aparelhos de televisão, na sede de uma empresa de locação de veículos, no Bairro de Fátima, em Fortaleza.

O esquema, conforme as autoridades policiais, acontece há mais de 20 anos e já movimentou cerca de R$ 600 milhões em um esquema fraudulento em licitações públicas promovidas pela Prefeitura Municipal de Fortaleza.

À época da operação, a prefeitura informou que “considerou não saber do que trata a operação, visto referir-se apenas de uma investigação em torno de uma empresa privada, sem que nenhum servidor público municipal ou órgão da administração do Município tenha sido alvo da operação”.

A assessoria da gestão municipal destacou ainda que “posiciona-se em apoio a toda e qualquer operação séria e isenta que investigue o uso de recursos públicos”.

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