Cinco membros da Associação Resgatando Sonhos, localizada no bairro José Walter, em Fortaleza, foram presos nesta segunda-feira (5) em operação da Delegacia de Falsificações e Defraudações da Polícia Civil. O grupo fraudou documentos do programa Minha Casa, Minha Vida para obter vantagens financeiras dos beneficiários.
Material de escritório, cadastros, dinheiro em espécie foram apreendidos pelos agentes de segurança. Pelo menos 2 mil pessoas podem ter sido lesadas, com prejuízo total de aproximadamente R$ 2 milhões. Um inquérito policial foi instaurado.
Após a denúncia anônima recebida na Habitafor, a operação policial desarticulou a quadrilha que usou o programa Minha Casa, Minha Vida para lesar diversas pessoas com o sonho da casa própria. Na última sexta-feira (2), equipes da delegacia estiveram na sede da associação com grande movimentação de pessoas por causa da notícia de que o sorteio programado para este mês de agosto.
Ana Paula Clemente da SIlva, Sérgio Ferreira Rios Filhos, Wellington Fábio Costa Lima, Emerson Bento de Souza, Luiz Flávio Lima Costa e Maria Clemilda Vasconcelos Borges foram presos em flagrante e autuados por estelionato, falsidade ideológica, formação de quadrilha e falsificação de documento público.
Eles captavam pessoas que desejavam a casa própria, com baixa renda, para enganar as vítimas cobrando uma inscrição de R$ 1.000 e depois pagamentos de várias parcelas de R$ 500.
O grupo vinha atuando há mais de um ano e nunca procurou a Habitafor ou a Secretaria das Cidades para fazer alguma consulta ou levar as inscrições dessas pessoas para concorrer aos sorteios das mais de 1.900 casas. O dinheiro era recebido na própria sede e também no meio da rua e boa parte está em uma conta pessoal. Há suspeita de que quadrilha familiar não agia somente no bairro José Walter.
“Para dar uma noção de legalidade, ela fazia com que essas pessoas preenchessem essas declarações de beneficiários, em cima disso ela emitia o recibo e cobrava de R$ 500 a 1.000, segundo ela. Em alguns contratos, caso viessem a receber a moradia, que não iriam receber porque sequer estavam inscritos, a pessoa se comprometeria a pagar de 20 a 50 prestações de R$ 400, fora a mensalidade da associação de R$ 50”, explicou o titular da delegacia, Dr. Jaime de Paula Pessoa.
A Polícia Civil procura ouvir o maior número de vítimas possível. Um novo pedido de prisão preventiva foi pedido. Além disso, alerta para que as pessoas interessadas nos programas de habitação do Governo ou da Prefeitura procurem entidades credenciadas.
Nordeste Notícia
Fonte: G1