Após um fim de semana e uma segunda-feira de expectativa e articulações, o porta-voz do governo de Jair Bolsonaro (PSL), Otávio Rêgo Barros, confirmou na noite de ontem que o ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, sairá do cargo. Em seu lugar, assumirá o general Floriano Peixoto de forma definitiva. Ele, que estava na Secretaria-Executiva da pasta, é o oitavo militar a se tornar ministro.
Otávio Rêgo Barros afirmou que o motivo para a decisão de exonerar Bebianno era de “foro íntimo” do presidente. Segundo ele, Bolsonaro “demandou o tempo necessário para tomar sua decisão considerando vários atores”.
Minutos depois, em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente disse que “diferentes pontos de vista sobre questões relevantes levaram à reavaliação” da situação do agora ex-ministro.
Bolsonaro disse que reconhece que o trabalho de Bebianno “foi importante para o êxito da campanha”, mas, segundo ele, “pode ter havido incompreensões de questões mal entendidas de parte a parte”. Na gravação, Bolsonaro afirmou que “reconhece a dedicação e o comprometimento do senhor Gustavo Bebianno”.
O vice-presidente Hamilton Mourão saiu em defesa do presidente, criticado por ter demorado muito a decidir pela demissão de Bebianno, prorrogando a crise pelo fim de semana. “Ele agiu com a cautela necessária”, declarou
Ontem, Bebianno teve dia recluso e disse que está recebendo ameaças pelo WhatsApp. O ministro não deu mais detalhes sobre as ameaças, que teriam se iniciado no fim de semana, mas falou a interlocutores que já identificou algumas pessoas e que vai tomar previdências.
(Com agência Estado)
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