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O comércio foi o setor que mais abriu vagas de trabalho formal no Estado no mês passado, com a criação de 3.061 empregos ( FOTO: LUCAS MOURA )

O saldo positivo de 2.861 vagas formais de emprego no Ceará no mês de novembro – resultado de 30.435 admissões contra 27.574 demissões – foi o melhor desde 2014 e o maior da Região Nordeste, sinalizando que o mercado de trabalho no Estado está em processo de recuperação. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o saldo positivo de 3.139 vagas em novembro foi o melhor entre as regiões metropolitanas do País. “Esse é um motivo que fortalece a recuperação do mercado de trabalho”, destaca o analista de Mercado de Trabalho do Sistema Nacional de Empregos/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT), Mardônio Costa.

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Conforme o Caged, em todo o Estado, o setor de serviços foi responsável pela criação de 1.135 postos de trabalho em novembro ( FOTO: HELENE SANTOS )

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados, ontem (27), pelo Ministério do Trabalho, mostram ainda outro indicativo da retomada do emprego no Estado: de janeiro a novembro, foram criados 2.388 postos de trabalho no Ceará. “Os dados mostram uma consolidação desse processo de recuperação. É o sexto resultado positivo consecutivo. Foi o melhor do Nordeste e o quarto melhor do País. E ainda é o primeiro resultado positivo no acumulado deste ano”, acrescenta Mardônio Costa.

Segundo ele, ao longo do ano, os resultados no acumulado demonstravam saldos negativos. “É a primeira vez que fica positivo. Em maio, chegamos com o pior resultado. A partir de junho, esses saldos ficaram cada vez menores. É realmente uma sinalização de retomada”, analisa.

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A indústria, que vinha com saldos positivos nos últimos meses, apresentou, em novembro, saldo negativo de 549 vagas ( FOTO: KID JÚNIOR )

Ele também compara novembro de 2017 com igual período dos últimos dois anos. “Em novembro de 2015 e de 2016, estávamos com saldos negativos. Quando chegamos em novembro deste ano, esse número se reverte. Dessa forma, o Estado apresenta números mais favoráveis do que a média nacional”.

Setores

Em novembro, o comércio foi o setor que mais abriu vagas, com 3.061 postos criados. Em seguida, aparecem o setor de serviços (1.135) e a administração pública (6). Entre os setores que mais fecharam vagas, estão a agropecuária (-560), a indústria de transformação (-549) e a construção civil (-188).

“O comércio teve uma participação muito decisiva, além do reforço dos serviços. Com certeza, a atividade comercial está melhorando com a redução da inadimplência, quedas nas taxas de juros, oferta de crédito e o controle da inflação”, explica Costa, ao afirmar que houve ainda a recuperação da massa salarial, o que refletiu em alguns ganhos salariais.

O analista diz que as pessoas estão mais confiantes com a economia e, com isso, estão retomando o consumo. “São valores que estavam acima da expectativa do setor. O pico das vendas no comércio ocorre no fim do ano. Isso deve ter impactado nas contratações”, afirma. Já a indústria, que vinha com saldos positivos nos últimos meses, teve resultado negativo em novembro. “Isso foi por causa do fechamento de vagas nas fábricas de tecidos e de calçados do Estado. Por outro lado, houve ampliação de emprego no setor de produtos alimentícios e de bebidas”.

Brasil

Enquanto que o Ceará apresentou saldo positivo, o resultado geral do País foi negativo. Em novembro, o Brasil fechou 12.292 postos de trabalho. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em novembro há uma tendência de saldo negativo do emprego. Ele argumentou, entretanto, que esse resultado não indica interrupção no processo de retomada do crescimento econômico, com criação de postos de trabalho. “Nos 11 meses do ano, oito foram positivos (com geração de emprego)”, disse Nogueira.

O resultado de novembro considera 1.111.798 de admissões contra 1.124.090 de desligamentos. No acumulado do ano, o saldo é de 299.635 empregos, com expansão de 0,78% em relação a dezembro de 2016.

Em novembro, o comércio foi o único setor que registrou saldo positivo (tanto atacadista quanto varejista), com a criação de mais de 68 mil vagas. Segundo o Ministério do Trabalho, as festas de fim de ano, que aqueceram as vendas, foram o motivo desse resultado. A indústria registrou saldo negativo de 29.006 empregos. A construção civil reduziu 22.826 vagas. O setor agropecuária gerou saldo negativo de 21.761 vagas. O setor de serviços também apresentou saldo negativo de 2.972 vagas.

Entre os estados, o Rio Grande do Sul abriu 8,7 mil vagas, seguido de Santa Catarina (4,9 mil), Rio de Janeiro (3 mil), Ceará (2,8 mil) e Alagoas (1,4 mil). Na contramão, São Paulo fechou mais de 17 mil vagas. Goiás (-6,1 mil), Mato Grosso (-5,8 mil), Mato Grosso do Sul (-2,4 mil) e Minas Gerais (-2 mil).

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 Fonte: Diário do Nordeste
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