Uma operação da Polícia Civil na noite de ontem, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), fechou a reunião de uma célula no Ceará da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Pelo menos, 32 pessoas que seriam integrantes do grupo foram presas entre traficantes de drogas, assaltantes e homicidas. Entre o material apreendido havia uma metralhadora, uma pistola, motos de alta cilindrada e automóveis de luxo.
De acordo com uma fonte da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), cerca de 70 pessoas estavam reunidas em um sítio, localizado na Rua João Campos Filho, bairro Parque Tijuca, em Maracanaú. A Polícia Civil estava investigando as ações da organização e tomou conhecimento do encontro, que serviria também para comemorar a união do PCC no Estado.
Equipes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e da Divisão Antissequestro (DAS) chegaram ao local por volta das 19 horas. Testemunhas relataram à reportagem que eram mais de dez viaturas da Polícia Civil.
Na chegada, houve um intenso tiroteio, de acordo com um policial que participou da operação. Muitas pessoas que estavam na reunião conseguiram escapar durante a troca de tiros, mas as principais lideranças acabaram presas. A quadrilha foi levada para a sede da DRF, no Bairro de Fátima.
Um dos ‘cabeças’ capturado pela Polícia Civil é o rondoniense Vagner Medeiros de Freitas, 28, o ‘Coiote’. Ele havia sido preso, em 2010, acusado de roubo de veículos e também por planejar o sequestro de um empresário cearense.
Os nomes dos demais presos, os crimes atribuídos a eles e os detalhes da operação serão divulgados, hoje, em entrevista coletiva na sede da DRF.
O advogado de cerca de 30 presos na ação conversou com a reportagem do lado de fora da DRF, onde parentes dos suspeitos aguardavam por notícias. O defensor negou que os clientes dele fossem integrantes do PCC e informou que não era reunião de nenhum grupo criminoso, mas apenas a comemoração de um aniversário.
Um adolescente que também foi detido no sítio acabou liberado por volta das 22 horas. O pai do suspeito informou que o filho tem 16 anos e não sabia que ele estava nesse local. Na entrada da Especializada, parentes falavam ao celular e acenavam para os suspeitos presos. Todos os homens capturados na reunião estavam sentados no primeiro andar do prédio onde funciona temporariamente a sede da DRF.
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Fonte: Diário do Nordeste