Governo do Ceará tem reforço da Força Nacional para a segurança
Governo do Ceará tem reforço da Força Nacional para a segurança
O combate a facções criminosas que atuam no Ceará é “prioritário” na avaliação do secretário-adjunto da segurança pública nacional, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Alexandre Mota. O secretário chegou ao Ceará na madrugada desta segunda-feira (19) para coordenar uma equipe de inteligência para investigar grupos criminosos que atuam em vários estados do país.

“Considero que, exatamente, o estado do Ceará realmente é prioritário dentro dessa situação [de atuação das facções em vários estados do país]. Houve um pedido formal por parte do governo para investigação. E, a partir de toda uma análise de conjuntura, vimos as medidas que são necessárias para combater o crime organizado em todos os segmentos”, afirmou Mota.

Questionado sobre a importância do Ceará como um estado estratégico na atuação do crime organizado no país, Alexandre Mota reconhece que o estado “é um centro de convergência”. “Alguns fatos vêm acontecendo sob a presença do crime organizado e por si só isso já fala a importância [do estado]”, disse.

O secretário da Segurança do Ceará, André Costa, negou que o deslocamento da força-tarefa para o Ceará esteja relacionado a “fatos isolados” envolvendo criminosos, como a chacina no Forró do Gago, quando membros de uma facção criminosa invadiram uma festa e atiraram contra várias pessoas, matando 14; ou no assassinato de Gegê do Mangue, um dos chefes do PCC.

Segundo Costa, o reforço da tropa nacional havia sido solicitado em dezembro de 2017, devido ao “contexto” de casos violentos no estado, e não por pontos isolados que tiveram repercussão nacional. “O pedido [da força-tarefa para atuar contra o crime no Ceará] foi solicitado ainda em dezembro, antes desses casos isolados”, diz.

Sem especificar os casos, o secretário-adjunto Alexandre Mota afirmou que eventos violentos ocorridos no Ceará e que foram citados na coletiva realizada na tarde desta segunda-feira foram considerados para determinar o envio da força-tarefa ao Ceará.

“Essa análise considera alguns fatos já citados aqui que aconteceram envolvendo o crime organizado e por si só isso já fala”, disse. Entre os casos citados por jornalistas durante a entrevista o assassinato de Gegê do Mangue, e a chacina no Forró do Gago.

Trabalho da força-tarde no Ceará

Chefe de uma das maiores facções do país é assassinado no Ceará

Chefe de uma das maiores facções do país é assassinado no Ceará

Os membros que estiveram presentes na coletiva de imprensa não detalharam quantas pessoas vão atuar no combate ao crime organizado e nem como será o trabalho da equipe. “Essas informações não podem ser divulgadas por enquanto porque qualquer informação será usada pelos criminosos. Nós vamos informar à sociedade cearense em momento oportuno, quando for divulgar resultados e não estratégia.”

André Costa, no entanto, reconheceu que o número de agentes na força de segurança não é o suficiente. “Há falta [de servidores atuando na segurança] em âmbito estadual, federal, em todos os estados. A gente nunca trabalha com o número ideal”, disse.

A força-tarefa chegou ao Ceará um dia após a divulgação da morte de Gegê do Mangue.

Pefoce identificou os corpos dos dois homens encontrados mortos em Aquiraz na sexta-feira (16), segundo a secretaria. A identificação ocorreu após realização de exames necropapiloscópicos, que consistem na identificação humana de corpos a partir das papilas dérmicas.
Nordeste Notícia com conteúdo de G1CE
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