As prisões aconteceram neste sábado (16), quando o automóvel em que os suspeitos viajavam foi parado por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), numa estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira, na região noroeste do Estado. No carro, os policiais encontraram R$ 60 mil que seriam o pagamento pela execução. O empresário, que atua no setor de combustíveis e empresa de táxi aéreo, permaneceu em silêncio durante o interrogatório e informou que só vai se manifestar em juízo. Seu advogado disse que falará a respeito só após ser constituído formalmente. Os outros dois suspeitos ainda não tinham advogados nomeados para o processo.
O governador do Estado, Pedro Taques (PDT), que acompanhava o velório do prefeito, anunciou as prisões em entrevista coletiva. De acordo com a polícia, Rodrigues Neto é morador de Colniza e contratou dois pistoleiros do Pará para a execução do crime. Interrogados pela força-tarefa de Cuabá, enviada para a região para atuar no esclarecimento do crime, eles teriam apontado o local onde as armas foram jogadas em um rio. O Corpo de Bombeiros foi mobilizado para recuperar o armamento.
O prefeito dirigia uma Toyota SW4 quando foi interceptado pelos criminosos que estavam numa SUV, a cerca de sete quilômetros da entrada da cidade. Os criminosos fizeram vários disparos, atingindo a vítima. Os tiros atingiram também o secretário Admilson. O prefeito ainda conseguiu dirigir, mas morreu na BR-174, já no perímetro urbano. A Secretaria de Segurança Pública usou aviões e helicópteros para mobilizar os agentes incumbidos do caso.
Segundo o secretário Gustavo Garcia Francisco, a motivação do crime está sendo investigada. O corpo do prefeito foi velado em Colniza e sepultado, neste domingo (17), em Ji-Paraná, na Rondônia, onde mora sua família. O secretário de Finanças continuava internado, na tarde deste domingo, no Hospital Municipal de Juína, cidade da região.
Colniza foi considerado o município mais violento do país em 2007, segundo levantamento do Mapa da Violência – a cidade registrou taxa de 165,3 homicídios a cada 100 mil habitantes, a mais alta taxa do Brasil. Em março deste ano, o ex-vereador Élpido da Silva Meira (PR), de 53 anos, foi assassinado a tiros no interior de sua casa. Ele foi atingido por disparos no tórax. A região também ficou conhecida pelos conflitos agrários, como o assassinato de nove trabalhadores rurais, em abril deste ano, na gleba Taquaruçu do Norte. O crime teria sido decorrente da disputa pelas madeiras da região.
Nordeste Notícia
Fonte: Estadão