Brasil tem nona maior taxa de homicídios do mundo, diz OMS: Chacina no Jaçanã em abril. Apesar de avanço, o Brasil segue no pelotão que lidera o número de homícidios pelo mundoGENEBRA – O Brasil tem a nona maior taxa de homicídios do mundo, com 30,5 casos para cada 100 mil pessoas. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que, em seus levantamentos anuais sobre causas de mortes, aponta para uma leve queda do índice no Brasil.

Mesmo assim, a redução é insuficiente para tirar o País do pelotão que lidera o número de homicídios pelo mundo. Em 2012, por exemplo, a taxa era de 32,4 mortes no Brasil para cada 100 mil pessoas.

Hoje, o país com a maior taxa é Honduras, com 85,7 homicídios para cada 100 mil pessoas. Todos os dez primeiros colocados estão nas Américas. O vice-líder é El Salvador, seguido por Venezuela, Colômbia e Belize.

“A taxa na América Latina é substancialmente mais alta que no resto do mundo”, disse Colin Mathers, analista da OMS. Segundo ele, 25% dos homicídios no mundo ocorrem na região, alimentados por desigualdade social, acesso a armas e drogas.

De acordo com a OMS, em 2015, cerca de 468 mil pessoas foram assassinadas no mundo, das quais 80% eram homens. Entre as diferentes regiões, são os homens latino-americanos os mais ameaçados, com uma taxa de 32,9 para cada 100 mil pessoas. O índice é doze vezes superior ao que é registrado na região do Pacífico.

Entre 2000 e 2015, a OMS estima que a taxa de homicídios no mundo tenha caído em 19%. Mas o problema ainda é responsável por 10% das mortes.

Em 2012, a mesma entidade apontou que um dos principais fatores que explica a taxa elevada de homicídios é o acesso a armas. Os dados mostram que metade desses assassinatos é cometida com armas de fogo. No caso das mulheres, 38% dos homicídios são cometidos pelos próprios parceiros.

Os dados também revelam que, em 2015, homicídios mataram três vezes mais que a guerra. O ano registrou, segundo a OMS, um total de 152 mil mortes em conflitos, 0,3% das mortes daquele ano.

Nordeste Notícia
Fonte: Estadão/Jamil Chade

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