O recente aumento de casos de Covid-19 no Ceará decorrente da detecção de novas subvariantes do vírus, descrito em nova nota técnica da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), acende um alerta pela proximidade com as festas de fim de ano. Após cinco ondas da doença, o Estado corre o risco de passar por mais uma?

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) identificou as subvariantes XEC e LP.8.1 em amostras processadas na última semana. A LP.8.1 estava presente em amostras de Fortaleza, Sobral, Quixeré, Caucaia e Maracanaú. Já a XEC foi identificada na Capital e em Caucaia. Ambas estão ligadas a linhagem JN.1, que é predominante no Ceará.

Mutações do vírus estão associadas a casos de reinfecção e podem burlar o sistema imunológico até de quem já tomou as vacinas contra a Covid-19. Assim, pode haver o chamado “escape vacinal” porque a nova forma do vírus é diferente da que já circulou em outros momentos – e não foram poucos.

O secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto, explica que a maior preocupação está relacionada à LP.8.1 que, inclusive, está ligada à forma responsável pela última onda de casos no Ceará, em novembro de 2023. “Não teve tantos casos graves, mas houve produtividade muito elevada”, pondera.

O cenário atual, contudo, “não é um momento de pânico” como analisa Antonio Lima. Para o secretário executivo, a recomendação é a vacinação para os públicos prioritários e o uso de máscaras, no caso de pacientes com sintomas gripais.

O imunologista Edson Teixeira, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que as subvariantes causam aumento de casos no Estado porque têm uma taxa maior de replicação, infectam mais e escapam mais à resposta imune.

“Então, vamos observar o número de positividade aumentar. Isso é o que estamos vendo na população com sintomas, e alguns com resultado positivo”, aponta o especialista. Contudo, as vacinas usadas amplamente na população ainda possuem função importante.

 

 

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