Um casal foi encaminhado à delegacia por suspeita de maus-tratos a crianças nesta terça-feira (15) em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. Agentes da Guarda Civil Metropolitana e do Conselho Tutelar receberam denúncia de que uma menina havia sido agredida e que as crianças estavam vivendo em situação precária.
Os suspeitos são a mãe das crianças e o namorado dela. Na casa da mãe, foram encontrados dois pés de maconha e entorpecentes para uso. Um menino estava sozinho no local, relatando estar com fome e sede.
Conforme boletim de ocorrência sobre o caso, a denúncia contra o casal continha áudios, vídeos e fotos para mostrar a degradação do ambiente onde as crianças estavam vivendo.
Em uma das imagens, é possível ver três crianças. Duas delas estão nuas e deitadas em colchões que estão no chão. A casa também tinha uma grande quantidade de roupas espalhadas pelo chão e em cadeiras de plástico.
Não há confirmação do número de crianças que viviam na casa. A idade da menina que relatou ter sido agredida também não foi informada no boletim de ocorrência.
Em um dos áudios da denúncia, uma menina diz que não quer voltar para a ‘casa do titio’. Ao ser perguntada pelo motivo, ela afirma no áudio: “Porque ele me bateu”. A menina tinha lesões no rosto, conforme imagens anexadas à denúncia.
Ao buscar pelo endereço da mãe das crianças na tarde desta terça-feira (15), uma equipe da Guarda Civil e do Conselho Tutelar conseguiu inicialmente encontrar a casa de uma pessoa próxima à família, que afirmou estar ciente de que elas sofreram agressões.
A mulher informou ter relatado o caso ao Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e não teria conseguido formalizar uma denúncia.
Em visita à residência da mãe das crianças, a equipe encontrou um menino sozinho, dizendo estar com fome e com sede. A criança relatou que a mãe tinha saído há bastante tempo.
A menina que teria sido vítima de agressão física foi encontrada na casa do pai, que também afirmou que as lesões na filha teriam sido causadas pelo namorado da mãe dela. Segundo o pai, ele não denunciou antes por ter sido ameaçado de morte.