O papa Francisco voltou a usar o termo viadagem (frociaggine, no original em italiano), relatou nesta terça-feira (11) a agência de notícias italiana Ansa.
Enquanto conversava com padres de Roma, o pontífice teria dito que “existe um ar de viadagem no Vaticano” e repetiu que homens com “tendências homossexuais” não deveriam ter permissão de entrar para o seminário e se tornarem sacerdotes.
Em resposta, o Vaticano disse em nota que o papa reforçou a necessidade que pessoas LGBTQIA+ sejam acolhidas pela Igreja Católica ao mesmo tempo em que é preciso cautela para que elas não virem seminaristas.
Os bispos presentes no encontro que foram ouvidos pelo jornal Corriere della Sera disseram que, na época, estava claro que o pontífice “não tinha consciência” do quão ofensiva a palavra é em italiano, que não é a língua materna de Francisco. Disseram ainda que “a gafe do papa foi evidente” aos presentes.
Desde que foi eleito papa pelo colégio cardinalício em 2013, Francisco, 87, orientou a Igreja a uma postura mais acolhedora com fiéis LGBTQIA+.
A medida mais significativa veio em dezembro do ano passado, quando o pontífice e autorizou a bênção a casais do mesmo sexo e àqueles considerados “em situação irregular”, termo usado para se referir aos que estão em sua segunda união após um divórcio. Francisco, entretanto, manteve o veto ao casamento homoafetivo.
Com Reuters