Antônio Cândido Tavares, 42, que morreu após beber uma garrafa de cachaça para ganhar uma aposta, em Goiás, passou a ter problemas com álcool depois de se separar da esposa, segundo a irmã dele, Maria Jucieuda. A família é natural do Ceará e seguiu para Goiás em busca de oportunidades.
Em entrevista ao G1, a mulher contou que irmão não largava a bebida, independentemente dos conselhos dados pela família. “Ele sempre bebeu, mas separou, quis beber um pouco mais e não parava. Nós ‘dava’ conselho, pedia, pedia demais, mas simplesmente ele dizia que ia beber até morrer, e se morresse não precisava nem ir atrás”, desabafou.
Antônio era trabalhador rural. Ele morreu no domingo (16), em Santo Antônio do Rio Verde, um distrito de Catalão, em Goiás, depois de beber uma garrafa inteira de cachaça para ganhar uma caixa de cerveja em uma aposta.
PROBLEMAS COM A BEBIDA
De acordo com Jucieuda, Antônio morava em Catalão há uma década, mas se mudou para Santo Antônio há apenas dois meses, quando se separou da companheira.
A mulher não sabe dizer o que ocasionou a separação, mas disse ao G1 que a ex tentou ajudar Antônio a deixar de beber. “Às vezes que procurava a gente, era bêbado. A gente dava comida a ele, ele comia e voltava [para casa]. Ele só dizia que não queria atrapalhar”, falou.
Ainda segundo a irmã, Antônio alugou um quarto, que não tinha nem janelas nem banheiro, para morar na cidade. Ela costumava deixar comida na porta para que ele comesse quando chegasse. “Ele só dormia nesse quarto. Não trabalhava há dois meses. O povo chamava, mas ele não trabalhava, perdeu o gosto da vida”, lamentou.
O último contato feito entre os irmãos foi três dias antes da morte dele.
LEMBRE O CASO
Antônio foi encontrado morto em um bar, em Santo Antônio do Rio Verde, em Goiás, no último domingo. Segundo testemunhas, o homem morreu após beber uma garrafa inteira de cachaça — cerca de um litro — para ganhar uma caixa de cerveja em uma aposta.
À Polícia Militar local, o dono do bar onde o homem estava revelou que ele estava bebendo com amigos há algum tempo, quando decidiu deixar o local para se deitar na calçada, de onde não levantou mais.
O caso foi registrado como “morte natural” e não deve ser investigado por enquanto, devido à falta de evidências criminais.
DN
