Legenda: Outros pães industrializados podem sofrer uma alta maior devido ao custo de embalagens
Foto: Fabiane de Paula

Alimento base no dia a dia dos brasileiros, o pão carioquinha está acumulando alta de preços desde o ano passado. De acordo com dados do IPCA, o preço do pãozinho em Fortaleza tem alta acumulada de 16,42% nos últimos 12 meses, aumento maior que os 13,94% registrados no País.

O quilo do alimento está sendo comercializado a até R$ 25 em algumas padarias da Capital, conforme o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação do Estado do Ceará (Sindipan), Alex Martins. Ele aponta que o preço médio do carioquinha em Fortaleza está na faixa dos R$ 18 o quilo.

Outros insumos que fazem parte da receita do pão tiveram aumento de preços.

O ovo, por exemplo, já acumula alta de 32,68% nos últimos 12 meses em Fortaleza, segundo dados do IPCA. Só em março, o aumento percentual foi de 8,99%.

 

ALTA DO PÃO 

Alex Martins acrescenta que, além do trigo, açúcar e gordura também tiveram alta.

Segundo ele, por mais que os preços dos ingredientes do carioquinha permaneçam altos, não há uma tendência de alta no momento. “O pão não vai aumentar por enquanto, está dando para o panificador aguentar o que já passou. Nesse momento não temos nenhuma expectativa de aumentos em produtos relacionados”, aponta.

Por mais que a expectativa seja de estabilidade para o carioquinha, outros pães que tenham uma composição maior de ovos ou manteiga na receita podem ter uma alta maior. Ele ressalta que os pães industrializados, como de forma ou bola, que dependem de embalagens, também podem ter um aumento decorrente do custo desse componente.

Em média, o quilo do pão está custando R$ 18. Tem algumas padarias de R$ 14,99, algumas de R$ 25. Não chegou a atingir R$ 20 na média. A expectativa era justamente por causa dos aumentos do trigo, o trigo aumentava toda semana e a gente ficou muito preocupado. Agora em 2023 tivemos uma estagnação. Em compensação outros produtos que compõem a receita tem uma leve alta. Estamos também preocupados com o preço da energia, somos muito dependentes da energia”

ALEX MARTINS
Presidente do Sindipan

O presidente do Sindipan, contudo, se preocupa com o aumento na energia, insumo importante para a indústria de panificação. Ele cobra também iniciativas do governo relacionadas a redução de impostos para o setor.

 

 

DN

Comentários
  [instagram-feed feed=1]  
Clique para entrar em contato.
 
Ajude-nos a crescer ainda mais curtindo nossa página!
   
Clique na imagem para enviar sua notícia!