No no dia 1º de janeiro deste ano, Elmano de Freitas (PT) tinha noção de um grande desafio que custaria a tomada imediata de decisões antipáticas e impopulares: a queda de arrecadação do ICMS e o prognóstico ainda pior para o novo ano. Entretanto, passados pouco mais de dois meses de governo, a economia vem dando mais dor de cabeça do que o esperado ao governador.
Na segunda-feira (20), o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Estado (Ipece) divulgou os dados do PIB cearense de 2022, um crescimento de 0,96%, bem abaixo da média nacional que foi de 2,9% de crescimento.
O desempenho do setor industrial (-6,2%) puxou para baixo a perspectiva do somatório de riquezas produzidas pelo Ceará, apesar do bom resultado do agronegócio.
Até o momento, o governador não comentou publicamente o resultado abaixo do esperado.
Entretanto, o que mais preocupa é o que está por vir em 2023. O ano começou com um resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nada animador para o Estado. O Ceará registrou saldo negativo superior a 3 mil vagas em janeiro. Ou seja, mais empregos foram fechados do que criados.
E, para completar a tormenta, além dos desgastes políticos com a elevação da alíquota-base do ICMS, que só vale para o ano que vem, a Secretaria da Fazenda do Estado está prevendo arrecadação com queda de 8,6% nos dois primeiros meses do ano.
Governo terá que correr para apresentar um balanço pelo menos mais otimistas quando chegarem os 100 dias da gestão, em abril.
Diário do Nordeste