Duas mulheres cearenses foram resgatadas em Itapoã (DF) em situação análoga à escravidão. Elas seriam vítimas de exploração sexual em um bar.
O caso aconteceu em novembro, mas só foi divulgado nesta semana. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) recebeu as denúncias e realizou o resgate das jovens, que foram encaminhadas ao sistema de Assistência Social.
A ação policial veio após denúncias de que a proprietária do estabelecimento impedia as funcionárias de saírem do bar onde prestavam o serviço. O órgão passou a monitorar o local, e decidiu realizar uma operação para o resgate.
As jovens teriam sido aliciadas no Interior do Ceará, com uma oferta para realizar trabalho sexual recebendo altos salários, e levadas ao DF. Ao chegar lá, foram proibidas de sair e enfrentavam jornadas exaustivas, além de não receber pelos programas, sendo mantidas em servidão por dívida.
Elas prestaram depoimento alguns dias após o resgate. Outras mulheres que trabalhavam no local, segundo a PCDF em condições “suspeitas”, também foram ouvidas, como testemunhas.
A proprietária e a gerente do local foram presas. Elas responderão pelos crimes de redução à condição análoga à de escravo, manter casa de prostituição e rufianismo (agenciar prostituição).
As cearense estão em um programa de proteção a vítimas de violência do DF. Elas devem voltar ao Ceará, mas a Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal (SSPDF) não informou prazo para que o retorno aconteça.
O Povo