Com a pauta de costumes novamente no centro da disputa eleitoral, o candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou nesta sexta-feira, 7, ponderou que a mulher tem “supremacia” sobre seu corpo.
“É a mulher quem tem mais poder de dizer se quer ou não quer. A lei existe e a lei diz como pode acontecer ou não. Não é papel do presidente da República”, afirmou Lula à imprensa. “A mulher tem supremacia sobre seu corpo”, acrescentou.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gravou ontem um vídeo para se manifestar contra o aborto e reiterou sua posição a jornalistas durante uma caminhada nesta sexta-feira (7) em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, dizendo que a discussão do tema cabe ao Congresso Nacional, não ao presidente da República. No entanto o PT, partido do candidato à Presidência, defende em documento oficial da sigla que a prática seja descriminzalizada e que o aborto deve ter atendimento regulamentado no serviço público de saúde.
No Livro de Resoluções e Moções do 3º Congresso do Partido dos Trabalhadores, publicado em 2007, no item ‘Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais’, a sigla de Lula defende a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento à todos os casos no serviço público evitando assim a gravidez não desejada e a morte de centenas de mulheres, na sua maioria pobres e negras, em decorrência do aborto clandestino e da falta de responsabilidade do Estado no atendimento adequado às mulheres que assim optarem”.
No período da pré-campanha, o petista havia dito que o assunto era “questão de saúde pública” e que “todo mundo deveria ter direito”. Agora, Lula adota nova postura na tentativa de atrair o voto dos evangélicos.