Com a redução de 6% no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) feito pela Petrobras para as distribuidoras, que começa a valer a partir de amanhã, o botijão de gás de cozinha ao consumidor final pode voltar ao patamar de R$ 95 no Ceará.
A última vez em que o preço médio do produto ficou abaixo de R$ 100 no Estado foi em agosto de 2021 (R$ 98,24).
A projeção é do consultor em petróleo e gás, Bruno Iughetti, com base na redução anunciada pela Petrobras no preço praticado às distribuidoras. Nas refinarias, o preço médio de venda do quilo de GLP cairá de R$ 4,0265 para R$ 3,7842, equivalente a R$ 49,19 por botijão de 13kg. A redução média será de R$ 3,15 por 13kg.
“É uma medida extremamente positiva porque é um movimento que beneficia a economia brasileira e tem um fator social importante, sobretudo, aos mais pobres. Com essa redução às distribuidoras, acredito que o preço ao consumidor volte para a faixa de R$ 95 no Ceará. Esse efeito começará a ser sentido nos próximos três, quatro dias”.
Quanto custa um botijão de gás no Ceará?
Atualmente, o preço médio do botijão de gás comercializado ao consumidor final é de R$ 117,55 no Ceará, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Mas pode ser encontrado com valores entre R$ 100 e R$ 128. Em um ano, o preço do produto ao consumidor final acumula alta de 16,57% no Estado.
Para as distribuidoras, essa é a segunda redução de preços praticadas em menos de um mês nas refinarias. No dia 12 deste mês, o preço médio do GLP caiu 4,7% nas refinarias.
De acordo com a Petrobras, essas reduções acompanham a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da empresa, “que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.
Novas reduções de preços devem ocorrer em outubro, diz especialista
Para o especialista, é provável que a Petrobras promova novas baixas até outubro, o que vai favorecer o consumidor final na medida em que o estoque das distribuidoras for renovado e o repasse alcance outras etapas da cadeia.
“A Petrobras teve espaço de promover mais essa queda no preço do gás de cozinha porque é uma commodities que está com preço equilibrado em relação ao praticado no mercado internacional. Aqui, tinha fôlego para uma redução entre 7% e 8%, a Petrobras optou por 6%, então, sobra espaço para mais uma baixa que deve ocorrer no mês de outubro”.
Ele pontua ainda que, para além das razões técnicas, há ainda um apelo eleitoral forte para redução no preço dos combustíveis. O que favorece novas baixas nos preços.
“Há elementos do ponto de vista econômico e técnico que justificam a baixa, mas é inegável que tem o fator eleitoral por trás dessas reduções feitas pela Petrobras.
Até porque essa redução de preços que a Petrobras está aplicando no GLP hoje, poderia ter sido postergada por mais um mês ou ter feito antes.”
O Povo