
Após o desabamento do muro de uma fábrica que deixou dois irmãos feridos nesta segunda-feira (5) no Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, a Defesa Civil do município interditou 16 residências do entorno do imóvel. Os agentes realizaram as orientações no local e oito famílias concordaram em desocupar as casas.
Nesta terça-feira (6), a equipe da Defesa Civil retornará ao local para tentar convencer a saída dos moradores das outras oito casas, que insistem em permanecer nos imóveis. De acordo com o órgão, as famílias vão ser beneficiadas com aluguel social e materiais assistenciais, como cesta básica, colchonetes e cobertores.
Contudo, a dona de casa Edilane Ferreira, mãe das duas vítimas atingidas com o desabamento, relata que, até a noite desta segunda, nenhum morador recebeu as assistências prometidas.
“Não falaram nada. Só falaram que a gente tinha de procurar algum canto para ficar, mas não falaram em dar dinheiro, em ajuda de custo, só falaram que a gente não se preocupasse porque eles iam resolver o muro. Mas como é que a gente vai ficar?!”, denunciou a dona de casa.
“Até agora ninguém recebeu nada. Eu fui para a casa da minha mãe porque não tenho como ficar na minha casa. Graças a Deus eu tenho minha mãe que mora aqui pertinho, mas não deram nada para ninguém”, complementa Edilene.
A Defesa Civil, por meio da assessoria de imprensa, explicou que as famílias prejudicadas com o desabamento precisam, antes, encontrar um imóvel disponível para alugar, e assim, posteriormente, receber o benefício social referente ao pagamento.
Irmãos atingidos
As vítimas foram um adolescente de 14 anos e uma jovem de 20. Elas foram socorridas por moradores da região para o Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza, onde recebem atendimento médico. Quando os bombeiros chegaram ao local, as vítimas já haviam sido levadas. O estado de saúde não foi divulgado.
O dono do terreno já havia sido notificado e já havia risco de desabamento.













