No final da tarde deste domingo, 31, a Polícia Militar de Campinas (SP) realizou o resgate de uma criança de 11 anos, que era mantida em cárcere privado dentro de um barril há um mês por um casal.
O menino estava nu e acorrentado pela cintura, pés e mãos e o local onde estava preso era coberto por um pedaço de mármore. As informações são do UOL e de reportagem do Fantástico, da TV Globo.
Os vizinhos realizaram uma denúncia anônima, que levou os policiais ao Jardim Itatiaia, na periferia de Campinas.
Segundo o 2º sargento Mike Jason, que trabalha no caso, as condições do garoto eram desumanas dentro do barril.
“Ele disse para mim que chegou a comer fezes, porque não davam comida para ele”.
O menino morava com um homem, a namorada dele e a filha da namorada. Todos foram presos, conforme o Fantástico. A polícia afirma que a criança não é filha biológica do casal. O sargento explica a situação, segundo afirmações do dono da casa.
“O homem disse que uma mulher, usuária de drogas, e com quem ele teve relação, afirmava que o filho era dele. Essa usuária abandonou o menino com ele e a atual companheira”, detalhou Jason, segundo o UOL.
Em depoimento à Polícia Civil, segundo a reportagem do Fantástico, o homem alegou que colocou a criança na situação para educar, já que o menino seria muito agitado, agressivo e fugia de casa.
Segundo os vizinhos, os maus tratos não são de agora e que, apesar de denúncias há anos ao Conselho Tutelar, a situação não mudou. Segundo o Fantástico, o Conselho Tutelar vai apurar se houve falhas.
Saúde da Criança
Com desidratação extrema, o menino foi encaminhado ao Hospital Ouro Verde em Campinas. Segundo informações do UOL, na unidade de saúde o garoto ainda relatou que o homem jogava água sanitária e água fria para dar banho nele.
O UOL também aponta que, segundo a tia do garoto, ele teria problema psiquiátrico e que “dava muito trabalho”.
Hospitalizado, o garoto foi alimentado, realizou exames e aguarda os resultados. Quando tiver um peso considerado ideal, ele terá alta.
O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas.