Reunião de comitê que define ações contra Covid-19 no Ceará foi antecipada para esta quinta; depois da reunião, Camilo divulgou novas decisões — Foto: Governo do Estado/Divulgação

O governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou nesta quinta-feira (21) que os leitos criados para atender pacientes com Covid-19 no Ceará – e que depois passaram a ser utilizados para outras demandas – vão voltar a atender exclusivamente pacientes com a doença.

O governador afirmou também que áreas comuns de condomínios terão uso proibidos para evitar aglomerações e recomendou que a população não viaje para outros municípios, em especial, saindo de Fortaleza, pois o foco de casos é na capital.

 

A medida foi adotada após o crescimento das mortes por Covid-19 no Ceará e também uma maior taxa de ocupação de leitos de UTI, atualmente em 72%, além disso, houve aumento da procura pelas Unidades de Pronto-atendimento (UPAS).

Resumo – o que muda com o novo decreto no Ceará:

  • Ampliação da rede de atendimento para a Covid-19, com a retomada de leitos e UTIs exclusivos para atendimento de pacientes com a doença;
  • Proibição do uso de áreas comuns de lazer nos condomínios de praia;
  • Recomendação para a população não viaje nos transportes intermunicipais, só faça esse fluxo para trabalho e ações emergenciais;
  • Intensificação da fiscalização em bares, restaurantes, estabelecimentos que causam aglomeração, multando e punindo esses estabelecimentos.

“Há algumas semanas o aumento de casos não vinha refletindo em demanda assistencial e em óbitos, mas nos últimos dias vem aumentando a demanda assistencial, que significa maior procura pelas UPAs. Então acendeu um sinal de alerta. Tem também as arboviroses: dengue, H1N1… o que aumenta mais a demanda pela assistência á saúde”, afirmou Camilo Santana.

A decisão foi tomada em reunião do comitê que define as ações de combate a Covid-19 no Ceará. O encontro deveria ocorrer na sexta-feira (22), mas foi antecipado devido ao agravamento da crise na saúde e aumento do número de mortes pela doença. (Veja mais detalhes sobre o aumento dos óbitos abaixo.)

Antes do anúncio desta quinta, o último decreto em vigor no Ceará foi publicado em 11 de dezembro com regras específicas para Natal e réveillon. O documento proibia qualquer festa, celebração ou show, em ambientes públicos e privados. Eventos em áreas comuns também foram proibidos, e o número de pessoais em hotéis foi limitado.

Aglomerações e festas

Funcionários cercam o trecho da 'Praia dos Crush' em Fortaleza — Foto: Isaac Macedo/SVM

Funcionários cercam o trecho da ‘Praia dos Crush’ em Fortaleza — Foto: Isaac Macedo/SVM

O prefeito de Fortaleza, Sarto, afirmou que o aumento de casos e óbitos está relacionado às aglomerações que ficaram mais frequentes no período de fim de ano.

Camilo Santana afirmou também que vai recomendar que as pessoas não viajem no período de carnaval, a não ser a trabalho ou situações essenciais.

“Uma coisa que a gente tem sempre alertado são as aglomerações, principalmente através de festas. São festas que estão gerando esses focos, os jovens estão aglomerando, levando a doença pro idoso dentro de casa. Já tomamos medidas de não ter carnaval, não vai ter feriado no carnaval. Vamos inclusive recomendar que as pessoas não viagem nas férias, só a trabalho e motivos essenciais.”

Sarto Nogueira e Camilo Santana afirmaram que vão reforçar as fiscalizações para evitar esse tipo de infração.

Sem estoque de vacina

Ceará iniciou imunização contra Covid-19, mas quantidade de doses disponíveis é insuficiente para os grupos prioritários — Foto: Prefeitura de Canindé/Divulgação

Ceará iniciou imunização contra Covid-19, mas quantidade de doses disponíveis é insuficiente para os grupos prioritários — Foto: Prefeitura de Canindé/Divulgação

Ceará recebeu na segunda-feira (18) cerca de 220 mil doses da Coronavac, o suficiente para imunizar 110 mil pessoas, já que cada uma deve receber duas vezes a vacina para garantir a imunização.

A quantidade é insuficiente para vacinar as pessoas da primeira fase dos grupos prioritários, composta por:

  • Trabalhadores da saúde: 182.907 pessoas
  • Idosos que vivem em asilos: 163.691

Também não há precisão de quando chegam novas remessas da Coronavac. O Brasil enfrenta dificuldade para negociar com a China e a Índia, países exportadores de vacinas, para adquirir mais unidades dos imunizantes.

Nordeste Notícia
Fonte: SVM

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