Previsão da Funceme para os próximos dois dias é de tempo nublado e de chuva em todo o Ceará. — Foto: João Mendes Campos/Arquivo Pessoal

As regiões Vale do Jaguaribe, Sertão Central e Sertão dos Inhamus receberam boas chuvas entre a quarta-feira (27) e esta quinta-feira (28), segundo boletim da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), divulgado às 11h25. Essas regiões historicamente registram poucas precipitações.

Na terça-feira (26), a meteorologista da Funceme, Meiry Sakamoto, reforçou a importância dessas regiões de terem chuvas nos próximos dias para melhorar a situação dos reservatórios localizados nestas regiões.

“Estamos precisando de chuva. Os nossos reservatórios, os principais ainda estão em situação bastante crítica do ponto de vista de volume de água e como não está chovendo muito no Sul do Estado na Região do Cariri, Bacia do Salgado, Alto do Jaguaribe, está prejudicando o aporte de água tanto no Orós como no Castanhão”, disse.

No Sertão dos Inhamuns choveu em 26 municípios monitorados pela Funceme. A maior precipitação ocorreu em Araripe com 57,8 milímetros. Em seguida Iguatu com 51,0 milímetros, Solonópole (47,2 milímetros) e Milhã (46,0 milímetros).

Já no Vale do Jaguaribe, onde estão concentrados os dois principais açudes do Ceará, o Castanhão e o Orós, foi computado chuvas em 21 cidades. Destaque para Quixeré (63,0 milímetros), Jaguaribe (50,6 milímetros), Ererê (50,0 milímetros) e Russas (46,0 milímetros).

Outra região que recebeu bom volume de chuva foi a do Cariri. As chuvas do primeiro mês da quadra chuvosa superaram a média histórica em todas as macrorregiões do Ceará, menos no Cariri. Os 109,5 milímetros (mm) observados na região apresentaram desvio negativo de 30,6% com relação à média histórica de fevereiro, que é de 157,7 mm.

No observado nas últimas 24 horas, choveu em 24 cidades. Maior registro foi em Abaiara com 102,0 milímetros. Depois aparecem Crato (75,0 milímetros), Milagres (64,8 milímetros), Santana do Cariri (62,8 milímetros) e Altaneira (59,0 milímetros).

Jijoca de Jericoacoara, no Litoral Norte, registrou chuva de 81 milímetros. Em março, este município já ultrapassou a média do mês em 70,5%, pois a normal climatológica do período é de 300,5 mm e já tem 512,3 mm.

As chuvas atingiram pelo menos 142 municípios cearenses. Fortaleza teve chuva em três dos seus quatro postos: 29 mm (Água Fria), 26,2 mm (Pici) e 22,6 mm (Castelão). A Capital também já ultrapassou o esperado para o mês de março em 43%.

Maiores chuvas do dia no Ceará
Chuvas de março deste ano melhores do que 2018

O acumulado de chuvas neste mês já é maior que o registrado em março de 2018. Apesar de ainda não ter atingido a média, o observado até o dia 27 é de 197,3 mm, contra 127,8 mm do ano passado.

“O mês ainda não terminou e as chuvas continuar a banhar o Ceará. O volume acumulado é bem próximo à média climatológica, que é 203,4 milímetros. As chuvas têm sido provocadas, principalmente, pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema indutor nesta época do ano”, reforça a gerente de Estudos e Pesquisas em Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto.

Para esta quinta (28), a previsão é de céu nublado com chuva em todas as macrorregiões. Já para a próxima sexta-feira (29), a Funceme aponta, neste momento, nebulosidade variável com eventos de chuva também em todas as macrorregiões.

Situação dos principais açudes

Apesar das chuvas, os maiores açudes do Ceará seguem em situação crítica. O Castanhão, principal reservatório a abastecer a Grande Fortaleza, tem apenas 3,62% da capacidade máxima. Já o Orós, segundo maior açude do estado, tem 5,23% do volume máximo.

Nordeste Notícia
Fonte: G1

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