O ex-prefeito de Missão Velha, Tardiny Pinheiro Roberto, a ex-secretária de Finanças do Município, Relvia Livia Sobreira de Lucena Gonçalves, e o empresário Francisco Bezerra Lima se apresentaram à Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), na manhã desta quinta-feira (14).
Os três permanecem presos temporariamente no local e prestarão depoimento aos membros do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público do Estado do Ceará (GAECO/MPCE) nesta sexta-feira (15).
Eles são investigados por suposto esquema de desvio de dinheiro público. De acordo com as investigações do Ministério Público do Ceará (MPCE), mais de R$ 7 milhões teriam sido transferidos da conta da Prefeitura de Missão Velha para uma empresa de assessoria e digitação, supostamente de forma irregular.
Em operação deflagrada na última terça-feira (12), por promotores de Justiça do GAECO e da região do Cariri, foram expedidos três mandados de prisão temporária contra o ex-prefeito Tardiny Roberto, Relvia Gonçalves e Francisca Macedo Miranda Roberto, sócia do ex-gestor em um posto de combustível, que teria recebido irregularmente mais de R$ 60.000 do esquema. Entretanto, somente o mandado contra Francisca Roberto foi cumprido. Ela foi ouvida nesta quinta-feira (14) pelos membros do MPCE.
Tardiny Roberto e Relvia Gonçalves não foram encontrados. Na terça-feira (12), eles foram procurados nas respectivas residências e no consultório odontológico que o ex-prefeito mantém na cidade, porém não foram localizados.
Além dos mandados de prisão temporária, foram cumpridos ainda sete mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e no prédio da Prefeitura do Município.
O marido de Francisca Roberto, José Pinheiro Roberto, irmão do ex-prefeito de Missão Velha, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, mas pagou fiança e foi liberado.
Improbidade administrativa
Em 2016, o ex-prefeito de Missão Velha foi condenado por improbidade administrativa e teve suspensão dos direitos políticos por três anos. Na época, o Ministério Público comprovou que Tardiny Pinheiro atrasava o pagamento de salário dos servidores desde 2013.
Nordeste Notícia
Fonte: G1