Jheyenderson de Oliveira Xavier, de 24 anos, foi encontrado morto num matagal na cidade de Iguatu, a 380 km de Fortaleza. O assassinato do jovem teria sido motivado por rituais satânicos. Ele estava desaparecido há quase uma semana, e o corpo foi encontrado nesta quarta-feira (23), quando também foi sepultado. Dois homens foram presos em flagrante. A Delegacia Regional da Polícia Civil da cidade investiga o caso.
Desaparecido desde a última sexta-feira (18), a população fez campanha em redes sociais à procura do rapaz. A família registrou o sumiço na delegacia, que logo iniciou as diligências. Assim, nesta quarta-feira, com ajuda do Corpo de Bombeiros, o corpo do rapaz foi encontrado em uma cova com mais de 1 metro de profundidade, a cerca de 10 metros de uma casa, no Sítio Canto, Distrito de Suassurana.
Na busca realizada na residência, a polícia encontrou livros de magia negra e ocultismo, esculturas de entidades relacionadas ao ocultismo, um crânio humano e outros objetos relacionados a rituais. Além disso, também foram achados um revólver calibre 38 com munição, duas cápsulas deflagradas e o celular da vítima. No local, estava também uma idosa cega e prostrada numa rede.
Acusados de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e posse ilegal de arma de fogo, Roberto Alves da Silva, de 41 anos, e Gleudson Dantas Barros, de 30, foram presos em flagrante durante a operação. “As investigações continuam, pois ainda existem outras pessoas que certamente participaram desse homicídio, que não encontramos ainda. Estamos trabalhando para localizá-las. Isso foi uma investigação preliminar, onde conseguimos chegar em dois autores e no local onde eles tinham enterrado a vítima que, infelizmente, foi encontrada morta”, disse o delegado Jerffison Pereira da Silva, titular da Delegacia Regional de Iguatu.
Ainda de acordo com a Polícia Civil de Iguatu, os dois homens presos são praticantes de rituais de magia negra e essa teria sido a motivação da morte. Jhey Oliveira, como era conhecido, estudava no IFCE e era militante de causas sociais. O corpo foi encaminhado ao IML para necropsia e depois liberado para a família. Os acusados estão detidos na Cadeia Pública de Iguatu e aguardam julgamento. A Polícia Civil da cidade tem até 30 dias para concluir as investigações.
O IFCE de Iguatu, lugar onde Jhey Oliveira estudava Serviço Social, lançou uma nota de pesar em seu site oficial. No texto, a Reitoria e Direção-geral do campus lamentaram a morte do aluno e manifestaram expectativa no rigor das investigações para elucidar o homicídio.
Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste