
Um cearense apontado como chefe da facção carioca Comando Vermelho (CV), que estaria escondido no Rio de Janeiro, é acusado de ordenar homicídios e expulsões de moradores de residências, em Sobral, na Região Norte do Ceará.
Álvaro Luis Timbó Martins, conhecido como ‘2M’ ou ‘Paizão’, natural de Tamboril, 26 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) em pelo menos seis processos criminais, entre 2023 e 2025.
Conforme uma denúncia do MPCE contra ‘2M’, por integrar organização criminosa, datada de outubro deste ano, o acusado é uma liderança do Comando Vermelho “que se encontra em lugar incerto e homiziado no Rio de Janeiro“, de onde envia ordens, por mensagens trocadas com comparsas, para a prática de crimes no Ceará.
Uma megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, no último dia 28 de outubro, encontrou criminosos de diversos estados escondidos nos complexos do Alemão e da Penha. Quatro cearenses constam entre os 117 suspeitos mortos, na ocorrência.
As investigações policiais apontaram que ‘2M’ ordenou uma invasão à cidade de São Benedito, por homens armados e encapuzados, que efetuaram vários disparos para intimidar rivais da facção carioca Terceiro Comando Puro (TCP), no início deste ano.
Três comparsas do chefe do CV foram presos em flagrante, pela Polícia Civil do Ceará (PCCE), na posse de quase 120 gramas de drogas (entre maconha, cocaína e crack), no bairro Vila União, em Sobral, no dia 22 de setembro deste ano.
No mesmo processo, o casal Cauan do Nascimento Lima, 18, e Maddley Tayla Felipe Nascimento, também 18, foi denunciado pelo MPCE por integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo.
Já Paulo Victor da Silva Machado, 20, foi acusado pelo Ministério Público do Ceará por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A denúncia foi recebida pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas, da Justiça do Ceará, e os quatro acusados viraram réus.
A Polícia Civil encontrou fotografias de Cauan Lima e Paulo Victor fazendo referências ao CV e à ‘Tropa do 2M’ – o bando comandado por Álvaro Luís.
Os advogados de Cauan e Paulo afirmaram à Justiça que “os réus negam os fatos na denúncia” e apresentarão “uma defesa mais detalhada em sede de alegações finais de defesa”.
Já as defesas dos outros réus não se manifestaram no processo e não foram localizadas pela reportagem. O espaço desta matéria segue aberto para futuras manifestações.














