Imagem de consumidora com conta de água, que terá aumento de quase 10% no Ceará com revisão extraordinária anunciada pela Cagece
Legenda: Conta de água toma até 5% do orçamento de famílias mais pobres. Foto: Divulgação/Cagece

revisão tarifária anunciada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) vai encarecer a conta de água dos cearenses, com um peso maior para as famílias mais pobres. O aumento de 9,73% sobre as tarifas da companhia entra em vigor em 5 de novembro.

As despesas com água comprometem entre 3% e 5% do orçamento das famílias que vivem com um salário mínimo, segundo cálculo do conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Thiago Holanda. Já um estudo do Instituto Trata Brasil, de 2021, aponta que as famílias mais pobres destinam, em média, 3,7% da renda ao pagamento da conta de água.

“É um custo muito importante para uma família, principalmente porque é um gasto que você não consegue simplesmente não ter. É um reajuste mais elevado do que se estava esperando, e acaba afetando o bolso das famílias mais vulneráveis”, afirma.

Questionada sobre quantas pessoas serão impactadas pelo reajuste no Ceará, a Cagece não informou.

Reajuste também impacta o preço de alimentos e serviços 

Thiago aponta que outros estados brasileiros também registraram reajustes acima do esperado. Como a água é um bem essencial utilizado por toda a cadeia produtiva, o reajuste deve influenciar também no aumento de preço de alimentos e serviços.

 

“Alguns alimentos estão baixando de preço, mas a média geral da cesta de alimentos está um pouco maior. Juntando isso com o aumento da água, a gente pode ver uma corrosão do poder de compra das famílias. O salário vai estar um pouco mais restrito”, avalia.

 

O valor médio dos serviços de água e esgoto passa de R$ 6,29 para R$ 6,90 por metro cúbico – equivalente a mil litros. O aumento na conta de água das famílias com consumo mínimo será de pelo menos R$ 9,15, calcula Thiago Holanda, conselheiro do Corecon.

Para um consumo básico de 15 m³, a fatura passará de R$ 94,35 para R$ 103,50.

O especialista ressalta que o consumo varia a depender da localidade e número de moradores. Também é preciso considerar o valor destinado ao tratamento de esgoto e eventuais taxas.

 

Diário do Nordeste

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