Os quatro acusados da chacina ocorrida em Viçosa do Ceará vão a júri popular, conforme informado pelo Ministério Público nesta quinta-feira (2). O crime aconteceu em julho de 2024 e deixou oito mortos e uma pessoa baleada. Os réus serão julgados pelos homicídios, a tentativa de homicídio e envolvimento com facção criminosa.
A Justiça aceitou o pedido feito pelo Ministério Público para que os réus sejam levados a júri popular, e também manteve a prisão preventiva dos quatro. O MP informou também que cada homicídio deverá ser julgado com duas qualificadoras: motivo torpe (motivado por disputa entre organizações criminosas rivais pelo domínio do tráfico de drogas na região) e recurso que dificultou a defesa das vítimas (praticado mediante ataque repentino e inesperado).
O crime aconteceu em 20 de junho de 2024, na Praça Clóvis Beviláqua, no Centro da cidade. Sete pessoas morreram na hora e outra morreu no hospital, dias depois, em consequência dos tiros. As vítimas tinham entre 16 e 26 anos. Uma vítima foi baleada e sobreviveu.
Chacina
Todas as vítimas foram baleadas durante a madrugada do dia 20 de junho de 2024, na praça central de Viçosa do Ceará. O município fica no norte do estado, na divisa com o Piauí.
Um vídeo obtido pelo g1 mostrou que as vítimas foram rendidas e colocadas lado a lado antes de serem assassinadas a tiros.
As vítimas são:
- Ana Carolina de Sousa Rocha, 24 anos
- Francisco Luan Brito da Silva, 26 anos
- Uma adolescente de 16 anos
- Isamara de Sousa Rodrigues, 25 anos
- Adrian Mateus Brito dos Santos, 23 anos
- André Júnior, Geovane e Júlio, de idade e nome completo ainda não confirmados
Prisão dos suspeitos
O mandante da chacina, identificado como Alberto José dos Santos Silva, de 41 anos, foi preso em 27 de junho de 2024, na cidade de Jaraguari, no Mato Grosso do Sul (MS), quando tentava fugir para a Bolívia.
Alberto José possui passagens por tráfico de drogas, roubo, furto de veículo e posse e porte ilegal de arma de fogo.
g1