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Os dois homens mortos a tiros em uma caminhonete na Praia do Futuro, em Fortaleza, no dia 1º de abril deste ano, foram identificados como sendo Renato Faria de Azeredo, 34 anos, natural do Rio de Janeiro, e André Luís Guellen, conhecido como “Foguinho”, 43 anos, do Rio Grande do Sul.
Um dia após o crime, a polícia capturou dois homens na cidade de Petrolândia, em Pernambuco, suspeitos de envolvimento no duplo homicídio.
Conforme as investigações da Polícia Civil, Renato e André eram amigos e possuíam negócios relacionados a uma casa de aposta online, conhecida como “bet”.
Além disso, os dois também compartilhavam o interesse por criação de galos e atuavam em rinhas de galos, atividade ilegal que pode ser considerada maus-tratos a animais e crime ambiental no país.
Amigos de cearense morto em resort de luxo
Outra ligação entre Renato e André é que eles tinha como amigo em comum de Victor Gutemberg Bezerra Ramos, de 29 anos, cearense morto a tiros em um resort de luxo em Salvador, na Bahia, em agosto de 2022.
Porém, apesar da proximidade, ela afirmou que não sabia a motivação da morte do cearense, que foi atacado por homens armados enquanto tomava sol na área da praia do hotel.
Já a mulher de André, relatou a polícia que ela e o marido não estavam no local da morte de Victor, porém, ficaram sabendo do crime através do casal de amigos.
A polícia suspeita que Renato, André e Victor atuassem em conjunto com apostas online. Contudo, ainda não há a confirmação de que as mortes dos três homens estejam relacionadas.
Localizador ajudou a encontrar as vítimas
Conforme a mulher de Renato, que é cearense, ela e o companheiro estavam em Fortaleza há 2 meses, para visitar parentes dela. Por isso, convidaram André e a mulher dele para passearem na cidade.
No dia do crime, de acordo com a viúva, ela e a amiga foram a um centro comercial no Bairro Jacarecanga para fazer compras. Enquanto isso, Renato e André ficaram em uma barraca na Praia do Futuro.
Ao retornar ao flat na Praia de Iracema, onde os casais estavam hospedados, as mulheres constataram que os homens não haviam retornado e tentaram contato por celular. Como as ligações não estavam sendo atendidas, uma delas teve acesso ao localizador do aparelho do marido e através do equipamento descobriu onde o veículo estava.
“A depoente e sua amiga decidiram ir ao local onde o localizador do celular indicava, momento em que ficaram sabendo que ambos haviam sido vítimas de homicídio”, diz um trecho da investigação da polícia.
‘Facção Guerra Pura’
Quando os policiais chegaram ao local do duplo homicídio, além de encontrarem os corpos, constataram que na central multimídia do veículo das vítimas constava uma chamada recebida/encerrada de um contato salvo como “Facção Guerra Pura”.
Ao ser questionada sobre esse contato, a mulher de Renato, que era o proprietário da caminhonete, relatou que esse era o apelido de amigo do marido, que ela não sabe o nome, mas todos o conheciam assim.
As duas mulheres negaram que os maridos fossem integrantes de facção criminosa ou estivessem recebendo ameaças de morte. Porém, os dois homens possuíam antecedentes criminais em seus estados de origem.
Além disso, Renato já havia sofrido um atentado em 2017, em outro estado, ocasião em que foi atingido por 9 tiros.
Prisão dos suspeitos
Um dia após o duplo homicídio em Fortaleza, a polícia prendeu os primos Gabriel Carlos do Nascimento Silva, 27 anos, e Júlio César do Nascimento, 37 anos, na cidade de Petrolândia, em Pernambuco.
Segundo as investigações, Júlio César teria sido o executor dos disparos contra as vítimas, utilizando uma motocicleta que havia sido adquirida na véspera do crime por Gabriel, que comprou o veículo por R$ 7 mil, em uma oficina no Bairro Maraponga.
Após os assassinatos, a moto foi abandonada nas proximidades da Rua Joaquim Lima com Rua José Borba, na comunidade das Areias, no Bairro Papicu e os criminosos fugiram em um carro.
Em depoimento, Gabriel confessou que participou do crime. Júlio César, por sua vez, negou e atribuiu as mortes a uma terceira pessoa.
Os dois tiveram a prisão preventiva decretada e foram recambiados ao Ceará, onde estão à disposição da Justiça.
g1