Fóssil de uma libélula encontrado na Bacia do Araripe; local sofre hoje da evasão de fósseis por meio do tráfico ilegal — Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
Fóssil de uma libélula encontrado na Bacia do Araripe; local sofre hoje da evasão de fósseis por meio do tráfico ilegal — Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

Fósseis de uma cigarra e de uma libélula são comercializados em uma loja virtual dos Estados Unidos. Os fósseis são oriundos da Chapada do Araripe, no Sul do Ceará e segundo denúncia do doutor em Geociências e professor do curso de Arqueologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Juan Carlos Cisneros, estavam sendo comercializados por até US$ 3,9 mil, cerca de R$ 21,6 mil, na cotação atual.

Juan Carlos Cisneros fez a denúncia ao canal on-line do Ministério Público Federal (MPF), em janeiro de 2023. Em seguida, o caso foi encaminhado à Procuradoria da República no Ceará.

O pesquisador descobriu através de pesquisa que os preços achados na página virtual do site americano eram considerados de alto valor: a cigarra chegava a custar U$S 3,1 mil dólares (R$17,3 mil) e uma libélula, 3,9 mil (R$ 21,6 mil). Cerca de 200 fósseis são vendidos pelo site.

O paleontólogo e professor da Universidade Regional do Cariri, Renan Bantim, explicou que a comercialização além dos insetos são de plantas. Esses objetos são mais fáceis de sair do Brasil por conta do tamanho. O professor reforça que a prática é proibida desde 1942.

“A maioria desses fósseis vendidos eram de insetos e outros de plantas todos de pequenos porte. porque são facilmente levado para fora do Brasil. A comercialização de fósseis no pais é proibida desde 1942 e então comercializar é crime. Muitos especialistas estão atentos nestes site de comercialização e alertando as autoridades”, afirmou.

g1

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