Supermercado Dia, no bairro Jaraguá, em Piracicaba — Foto: Araripe Castilho/G1
Supermercado Dia, no bairro Jaraguá, em Piracicaba — Foto: Araripe Castilho/G1

O grupo espanhol de supermercados Dia anunciou nesta quinta-feira (14) que decidiu fechar 343 lojas e 3 centros de distribuição no Brasil, permanecendo apenas em São Paulo, após cerca de 23 anos de presença no país.

A companhia disse que a medida ocorre após os persistentes resultados negativos da subsidiária brasileira, e reafirmou sua intenção de focar nos seus principais mercados.

São “lojas de baixo desempenho”, especificou a companhia em comunicado assinado pelo seu diretor financeiro, Guillaume Marie Didier, apontando que, após esses fechamentos, vai analisar alternativas estratégicas para o restante de seus negócios no Brasil.

Separadamente, em comunicado à imprensa, o grupo Dia disse que estava ajustando o número de lojas no país para focar na região de São Paulo, onde concentra sua operação e onde continuará operando 244 unidades.

“Dessa forma, o grupo ajusta seu escopo no país para concentrar seus negócios na região de São Paulo, onde o negócio tem uma maior rentabilidade e a concentração de lojas permite capitalizar a rede logística e a redução de custos”, disse.

 

O Dia afirmou que as medidas vão possibilitar a empresa a destinar recursos para mercados mais rentáveis e com maior potencial de crescimento para o grupo na Espanha e na Argentina, “onde atualmente a companhia conseguiu uma posição relevante com uma estratégia focada na distribuição alimentar de proximidade”.

A decisão foi tomada como parte da reestruturação da sua subsidiária brasileira, disse a empresa, que abriu sua primeira loja no país em 2001.

A entidade anunciou em agosto a sua saída de Portugal, onde vendeu os seus quase 500 supermercados para se concentrar em seus mercados principais, além de reiterar seu compromisso com desinvestimentos para reduzir sua alavancagem financeira líquida.

Em fevereiro, a rede de supermercados reduziu seu prejuízo líquido anual para 30 milhões de euros, ante prejuízo de 124 milhões de euros registrado em um 2022 difícil para a empresa.

g1

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