Durante a última semana uma confusão na cidade de Ipueiras no centro da cidade acabou viralizando. Um vídeo onde um comerciante e um ambulante acabaram discutindo por conta de um espaço de venda, acabou repercutindo nas redes sociais do município e de cidades vizinhas.
O vídeo em questão mostra o comerciante ipueirense Evaldo discutindo com um ambulante, conhecido como Tião, sobre um espaço na frente de seu comércio e que o ambulante com sua mercadoria estaria interrompendo o fluxo de pessoas. Diante do desentendimento o comerciante Evaldo acabou por jogar a mercadoria do ambulante na rua, como vemos no vídeo gravado pelo próprio ambulante. Confira:
A imagem repercutiu em várias páginas e blogs, acompanhada de comentários que na sua maioria dão razão ao ambulante. Diante disso o comerciante Evaldo fez um vídeo mostrando seu ponto de vista, explicando as suas motivações e principalmente realizando um pedido de desculpas pela sua atitude. Confira:
Por sua vez o ambulante Tião também deu sua versão dos fatos a respeito do ocorrido, o que podemos ver no seguinte vídeo.:
Após ver os vídeos podemos compreender ambos comerciantes, vemos que não se trata apenas de um desentendimento entre vendedores por espaço para expor suas mercadorias. Em uma análise mais profunda percebemos que o problema é ainda maior, quando essa triste situação traz a tona o fato de que a própria cidade infelizmente não dispõe de um local específico para eles.
Há atualmente no município uma obra onde está sendo construído o novo mercado público municipal, entretanto pela demora na sua conclusão, juntamente com a falta de organização dos espaços de vendas, acabam por revelar um problema crônico de abandono aos comerciantes da cidade, que atinge a cidade de Ipueiras durante anos.
Tal episódio revela no seu íntimo, ao menos, a vontade que todos têm de vender suas mercadorias, de poder ganhar o seu sustento ou trazer o pão de cada dia para sua família. A discussão isoladamente não traz grandes consequências, há não ser para eles mesmos, mas a falta de apoio para os comerciantes locais e o visível abandono acabam por acirrar ainda mais a disputa pelo direito de ter pelo menos um pedacinho de chão ou um espaço qualquer para vender suas mercadorias, o que também é muito triste.