O Ceará registrou, em todo o ano de 2023, 3.242 focos de queimadas em vegetação. Se comparado a 2022, quando o número foi de 1.312, houve um crescimento de 147%. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Segundo o INPE é o maior registro desde 2017.
O Ceará é 11º no ranking com 3.242 focos em todo o ano. Na região Nordeste, o estado só perde para o Maranhão (16.532 focos); Piauí (11.311 focos) e Bahia (9.855 focos).
Neste sábado (4), o Ceará registra 64 focos de incêndio na vegetação. Os dois municípios com maiores registros são Crateús e Monsenhor Tabosa com 5 focos.
Condições favoráveis aos incêndios
Conforme o Corpo de Bombeiros, é comum o aumento no número de incêndios no segundo semestre do ano, já que as chuvas diminuem e os ventos contribuem para a propagação dos focos.
Como as queimadas são combatidas?
Existem formas de evitar que o fogo se espalhe sem controle, além das políticas de fiscalização dos órgãos ambientais, missão ligada principalmente ao Ibama. Existem pelo menos três técnicas para incêndios legais:
- Aceiros: abrir espaços sem vegetação ao redor da área a ser queimada. Uma estrada, por exemplo, impede que o fogo se alastre além dos limites;
- Contrafogo: colocar fogo em outra área, para desviar o direcionamento do incêndio. Além disso, é possível botar o fogo em direção contrária ao vento, por exemplo;
- Brigadistas: estruturas do Corpo de Bombeiros e de comunidades locais nas quais brigadistas são treinados para combater o fogo.