“Vou ganhar muito mais com a repercussão que esse programa tem nesse país, que é uma coisa maravilhosa, se Deus quiser”, disse Sérgio ao resolver não seguir no desafio. Durante o quadro, ele chegou a ligar para pedir ajuda a um dos seus sete irmãos, Cleone, que mora em Acopiara, no interior do Ceará, terra natal dele.
Sérgio também dá aulas de inglês e é escritor com dois livros já publicados. Ele conta que chegou a fazer quatro faculdades, mas acabou não conseguindo concluir nenhuma.
Pouco tempo após o fim do quadro, quando Luciano Huck perguntou qual era o Instagram de Sérgio, o cearense começou a ganhar muitos seguidores, onde já passa de 42.5 mil.
MUDANÇA DE VIDA
Pouco antes de anunciar que desistiu de permanecer respondendo, ele contou um pouco de sua história e como saiu de Acopiara e foi morar em São Paulo. Ele foi escrivão da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) por cinco anos e chegou a passar em 16º lugar no Brasil em um concurso da Polícia Federal (PF), mas não pôde permanecer no processo seletivo para o cargo por ser gay, segundo uma portaria publicada à época, antes dos anos 2000.
Ele que ficou muito envergonhado e se sentindo “a pior pessoa do mundo”. Sua família também foi duramente afetada pela eliminação dele no concurso.O cearense conta que à época seu pai era político na cidade.
Sérgio decidiu passar uma temporada na casa de uma prima, que tinha um marido que trabalhava com transporte de leite em caminhão. Ele decidiu pegar uma carona para São Paulo e ficou por lá, onde mora até hoje. “Decidi que não queria voltar nunca mais”, disse.
DN