Propaganda com caju que nasce invertido vira piada na web
Propaganda com caju que nasce invertido vira piada na web

Uma propaganda com a atriz Grazi Massafera virou piada nas redes sociais no fim de semana por trazer uma versão “invertida” do caju: no vídeo da empresa de cosméticos L’Occitane au Brésil, o caju aparece grudado no galho da árvore pela castanha. Porém, na natureza, o que conecta o fruto à árvore é a “carne” do caju, chamada de pedúnculo (veja vídeo acima).

Além da posição errada do fruto, é possível notar, pelas folhas, que a árvore usada para a filmagem não é um cajueiro. O vídeo originalmente foi publicado nas redes sociais em 3 de outubro.

A campanha faz parte do lançamento de uma linha de produtos para a pele à base de caju. Nas redes sociais, muitos perfis comentaram, em tom de piada, sobre o erro da propaganda; outros, no entanto, criticaram a empresa por lançar uma campanha publicitária sem pesquisar como é o fruto principal usado na linha de cosméticos.

O Instituto Caju Brasil (ICB), fundado em 2018 e com sede em Fortaleza, foi um dos críticos da campanha. Uma mensagem no perfil do ICB afirmou:

“Esperamos, sinceramente, que a empresa possa corrigir o seu erro, através de campanhas compensatórias. O setor já vive diversos problemas, e ter a imagem da sua ‘identidade’ descaracterizada é muito triste”.

 

O cajueiro é uma planta nativa do Brasil. Apesar de ser popularmente chamado de fruto, o caju, na verdade, é um pseudofruto, um “falso fruto” – o verdadeiro fruto do cajueiro é a castanha, que nasce a partir do ovário da flor.

Já a parte da “carne” do caju é chamada de pedúnculo e funciona como uma espécie de haste entre a planta e o seu fruto. O pedúnculo representa cerca de 90% da massa do caju, razão pela qual é, muitas vezes, confundido como o fruto.

Propaganda da L'Occitane au Brasil com Grazi Massafera mostra caju preso ao galho pela castanha — Foto: Reprodução
Propaganda da L’Occitane au Brasil com Grazi Massafera mostra caju preso ao galho pela castanha — Foto: Reprodução

Ao contabilizar a produção do fruto no Brasil, o IBGE utiliza a denominação “castanha-de-caju”, que é, inclusive, a parte mais aproveitada do caju no mercado mundial.

Após a repercussão negativa, a L’Occitane soltou uma nota tentando redimir o erro, afirmando que a representação do caju invertido na campanha foi uma opção da equipe de criação para tornar “a estética mais lúdica”. “O time criativo e a produção executiva escolheram não seguir a estética real do fruto, colocando-o pendurado pela castanha e não em sua árvore nativa”, disse a companhia.

“Seguindo essa linha editorial, o time de marketing adotou o tom de voz leve, bem-humorado e descontraído da identidade da marca e seguiu com o vídeo para aproveitar a estética lúdica – já usada em outras campanhas – para causar estranhamento, o que poderia gerar maior engajamento nas redes sociais.” Muita gente não acredita que a gafe cometida seja intencional.

E você, acredita que a propaganda foi um errou ou foi proposital?

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