Legenda: Ceará não registra aumento de casos de Covid Foto: Fabiane de Paula

São muitos os conjuntos de letras e números para denominar as subvariantes do coronavírus, mas todas as formas circulantes no Ceará têm algo em comum: são pequenas variações da Ômicron. No momento, a XBB.1.5.59 predomina entre as infecções no Estado. Por isso, especialistas frisam a relevância da vacina bivalente.

O monitoramento é feito pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) por meio de sequenciamento genético feito com uma amostra dos testes de Covid realizados no Estado. Os dados foram repassados a pedido do Diário do Nordeste.

Esse trabalho de vigilância avalia a dispersão das variantes entre os municípios cearenses em análise com o avanço do vírus no mundo. Com esses dados, é possível traçar estratégias de saúde e respostas como a vacina bivalente, que é uma atualização do imunizante com base nas novas formas do coronavírus.

Na última semana, São Paulo confirmou o primeiro caso de infecção pela subvariante EG.5, nomeada de “Eris”, que tem maior potencial de transmissão. Até o momento essa subvariante, também ligada à Ômicron, não foi identificada no Ceará.

A Eris é considerada “variante de interesse” (quando é classificada como causadora de transmissão comunitária ou de múltiplos casos) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Essa mutação já foi identificada em mais de 50 países e, devido a maior capacidade de transmissão, pode se tornar a principal forma circulante no mundo, conforme a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

SUBVARIANTES DA ÔMICRON CIRCULANTES NO CEARÁ

  • XBB.1.5.59
  • XBB.1.5
  • XBB.1.18
  • XBB.1.18.1
  • FE.1

Apesar da maioria dos casos serem pela XBB.1.5.59, ainda há resquícios das demais formas entre os pacientes. A análise viral feita pela Secretaria da Saúde acontece com dados das unidades públicas e privadas.

“A área técnica da Vigilância Epidemiológica da Sesa continua acompanhando os casos diários da Covid-19, sendo possível afirmar que neste momento não é observado aumento dos casos de Síndromes Gripais e/ou Síndrome Respiratória Aguda Grave por SARS-CoV-2”, informou a Sesa.

Luciana Passos, coordenadora das Redes de Atenção Primária e Psicossocial de Fortaleza, frisa que nesse contexto a principal medida deve ser aumentar a cobertura vacinal da população com a bivalente. No Ceará, 8 a cada 10 adultos não tomaram esse imunizante.

 

O coronavírus é um vírus respiratório e é muito comum ter variações, não é algo inesperado, mas a capacidade de gerar doença grave é o que queremos evitar e a vacinação faz isso

LUCIANA PASSOS
Coordenadora das Redes de Atenção Primária e Psicossocial de Fortaleza

 

Os maiores de idade com, no mínimo, duas doses da vacina – sendo a última aplicada há 4 meses – podem receber a bivalente.

Apesar da circulação de novas subvariantes, ainda não há aumento de casos de Covid observados no Ceará. Nos últimos meses, na verdade, os números de testes positivos caíram 57% nos últimos.

No último mês, apenas 183 diagnósticos da doença foram feitos no Estado, enquanto fevereiro acumulou 1.460. Nesse período, o número mensal de exames também caiu – foram 18.819 em fevereiro e 8.039 em julho, conforme os dados da plataforma IntegraSUS da Sesa.

 

 

g1

Comentários
  [instagram-feed feed=1]  
Clique para entrar em contato.
 
Ajude-nos a crescer ainda mais curtindo nossa página!
   
Clique na imagem para enviar sua notícia!