O cearense Leonardo da Rosa Giglio, de 32 anos, foi o eliminado da semana do Masterchef Brasil, deixando o programa na noite desta terça-feira, 25. Apesar dos elogios que recebeu dos avaliadores, a falta de umidade no prato preparado por ele foi o fator que levou a sua saída do programa.
Para a prova da noite, os participantes deveriam preparar pratos que harmonizassem com diferentes tipos de café. O escolhido por Leonardo foi a clássica sobremesa tiramisú. O cearense acertou no equilíbrio, mas a falta de umidade necessária resultou em sua eliminação.
“Estou triste porque eu não vim aqui só para passar pelo programa. Eu vim aqui para chegar até a final e não consegui. Peço desculpa a todos”, disse o cearense em entrevista à TV Band após o programa.
A saída dele foi lamentada pelo chef francês Erick Jacquin, um dos avaliadores, que afirmou que Leonardo poderia sair comemorando sua trajetória na competição. Na despedida, Jacquin ainda deu um presente a ele, um broche com 13 pérolas que, segundo o eliminado, tem ligação com Nossa Senhora, a quem ele é devoto.
Em retribuição, o cearense deu ao chef um terço que carrega consigo há 10 anos, desde a época que fazia concursos públicos. Ele afirmou que gostaria de chegar com ele na final, mas como não poderá mais, resolveu presentear o Jacquin e gostaria que ele usasse no dia.
Relembre a trajetória do cearense no Masterchef
Leonardo é advogado e produtor rural. Sempre teve o sonho de participar do programa, por isso pediu demissão em março deste ano da empresa que trabalhava, uma prestadora de serviços para o Tribunal de Justiça do Ceará. Além disso, deixou de participar do casamento do melhor amigo para estar na competição.
Já tinha se inscrito seis vezes, mas apenas na edição de 2023, que marca a 10ª edição do programa, conseguiu entrar. Ele se tornou o primeiro cearense a participar do programa. A primeira etapa foi ter passado para a fase de 18 competidores. Seguindo, entrou oficialmente no programa quando conquistou o avental, ficando entre os melhores cozinheiros da edição.
A trajetória do cozinheiro no programa teve momentos marcantes. Um deles foi quando preparou um prato típico do interior do Ceará, a galinhada com pirão. O prato conquistou os jurados, que quebraram o protocolo de dois aventais por disputa, e ele acendeu ao mezanino com aqueles que foram selecionados.
Outro momento memorável foi quando ele preparou o famoso baião de dois. Na ocasião, Leonardo foi destaque na mídia ao rebater questionamentos de Jacquin sobre a forma de preparo do prato com: “Agora o senhor vai querer ensinar um cearense a fazer baião?”.
Apesar da tentativa do cozinheiro de inovar ao substituir o sal pelo molho shoyu, o chef francês estranhou e questionou qual seria a relação dele com a culinária nordestina. O resultado final do prato também não agradou os avaliadores, e ele foi para a prova de eliminação. Apesar do resultado anterior, nesta dinâmica ele surpreendeu os chefs com a sobremesa feita com tangerina.
Foi com outro prato típico, desta vez do Pantanal, que duas semanas depois do ocorrido do baião, o ex-participante arrancou elogios dos avaliadores. Naquela dinâmica ele preparou um sarrabulho de miúdos acompanhado de um arroz pequi.
O advogado alcançou o top 10 quando preparou um peixe à delícia, outro prato típico do Ceará. Na dinâmica, ele foi muito elogiado e Jacquin afirmou ter sido “o primeiro hollandaise bom” que ele comia no Masterchef. Ele também ganhou seu primeiro pin dourado por vencer uma prova individual no reality.
Apesar da eliminação, Leonardo garante estar deixando a competição de cabeça erguida e muito feliz por suas conquistas. “Eu fiz o melhor molho hollandaise que o Jacquin comeu em dez temporadas de programa, eu fiz o brigadeiro que o Jacquin disse que comeria todo dia, e ninguém vai apagar isso”, sustenta.
O Povo