O senador Cid Gomes (PDT) e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) compareceram nesta sexta-feira, 2, ao mesmo evento em Fortaleza para a posse do novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE). Brigados, fruto de desentendimentos pela candidatura pedetista ao Governo do Estado, os irmãos evitaram estar próximos e passaram o evento em lados opostos nos ambientes compartilhados.
A cerimônia reuniu diversos grupos políticos com a presença do governador Elmano de Freitas (PT), do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), do deputado federal e presidente estadual do MDB, Eunício Oliveira, e deputados de legendas como PL, PSD, MDB, PT e PDT.
Ciro e Cid chegaram e foram embora separados. As autoridades políticas tinham espaço reservado em uma das salas antes do início do cerimonial. Em um lado, na mesma roda, ficaram o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, Ciro e Sarto. Os três são integrantes da ala pedetista que defende que o partido siga na oposição e não integre a gestão de Elmano.
Os três trocavam risadas e posaram para fotos com outros integrantes da legenda, como o presidente da Câmara Municipal, Gardel Rolim (PDT), e o deputado federal Mauro Filho (PDT). Ciro trocou palavras até com adversários, como o prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves (PL), e o deputado Carmelo Melo (PL), cujo mandato foi cassado nesta semana pelo próprio TRE-CE, e que recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Enquanto isso, Cid permaneceu do lado oposto do rescinto. Quando o cerimonial começou, o senador ocupou a mesa junto de outras autoridades. Ciro acompanhou sentado na primeira fila. Com o fim da posse, Ciro foi rapidamente embora e os irmãos não se cumprimentaram em público.
Relações familiares
Em maio, o senador disse que não está rompido com o irmão, mas reconheceu divergências sobre as últimas eleições. Ele vem se resguardando de comentar publicamente problemas familiares e afirmou que ainda aguarda o momento de tratar sobre isso com o irmão.
Cid era partidário da manutenção da aliança com o PT e com o ministro Camilo Santana (PT). A movimentação era para apoiar a reeleição de Izolda Cela, que estava no PDT e havia assumido o governo com a saída de Camilo para disputar a vaga ao senado. Ciro foi defender de candidatura própria e acreditava no nome de Roberto Cláudio para o Governo do Ceará.
O Povo