Uma idosa de 75 anos precisou ser carregada na quinta-feira (15) em uma rede por familiares para receber atendimento médico após passar mal no município de Alcântaras, a 260 quilômetros de Fortaleza. Segundo familiares, uma ambulância foi enviada ao local, mas não teria ido até a casa da idosa por conta da estrada ruim.

O caso aconteceu na localidade de Sítio Maia, na zona rural da cidade. A mulher, identificada como Maria Vilanir Leandro, teria sentido fortes abdominais no início da manhã e pediu ajuda aos familiares.

A família de Maria Vilanir acionou os serviços de saúde de Alcântara, porém, conforme familiares, o motorista da ambulância teria se recusado, por conta das condições da estrada, a percorrer o trecho, de cerca de 150 metros, para chegar até a casa da mulher, que estava impossibilitada de andar.

Paciente de 75 anos precisou ser carregada em rede por familiares até ambulância por conta da estrada em Alcântaras, no Ceará — Foto: Reprodução
Paciente de 75 anos precisou ser carregada em rede por familiares até ambulância por conta da estrada em Alcântaras, no Ceará — Foto: Reprodução

Os familiares, então, puseram uma rede em uma estava e improvisaram o transporte de Maria Vilanir até a ambulância. Em nota, a Secretaria Municipal de Alcântaras afirmou que a paciente deu entrada na Unidade Básica de Saúde Antônio Rocha Freire com dores abdominais, foi medicada, ficou em observação e, após apresentar melhora no período da tarde, recebeu alta.

Comunidade sofre com falta de água

 

Estrada ruim impede chegada de ambulância, e idoso é levada para atendimento no fundo de rede — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
Estrada ruim impede chegada de ambulância, e idoso é levada para atendimento no fundo de rede — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

O irmão de Vilanir, Nelson Tomaz da Silva, foi quem gravou o momento em que a irmã é carregada em rede. “Antigamente acontecia da gente carregar doente pro carro levar pros hospitais. E ainda hoje está acontecendo, como aconteceu ontem”, lamentou.

Segundo Nelson Tomaz, afirmou que as dores abdominais que Vilanir sentiu têm relação com a má qualidade da água da localidade Sítio Maia, onde vivem 12 famílias. “Se ele (prefeito) fizer um poço profundo, acabou a nossa dor de barriga”, afirma.

“A gente sente necessidade de um pedaço de caminho, de um calçamento, entra prefeito, sai prefeito, e nós nessa pendenga desse pedaço de caminho. Nós precisamos de um poço profundo, que nós não temos água aqui na localidade que nós moramos. Para buscar água nós vamos buscar numa distância longe, na cabeça, na moto”, contou Nelson.

Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Infraestrutura e Obras de Alcântaras afirmou que a região vive a idosa “já possui 80% de pavimentação”, e que “o trecho da localidade do Sítio Maia divulgado no vídeo que circula nas redes sociais é de difícil acesso e que os estudos de viabilidade e projeto de pavimentação serão realizados, em breve, pela equipe técnica de engenharia do município”.

SVM

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