O assassinato de quatro policiais civis por um colega de trabalho chocou o Ceará neste fim de semana. A chacina ocorreu dentro da Delegacia Regional de Camocim, município no Litoral Norte do Estado, na madrugada do último domingo (14).
Os agentes de segurança mortos foram identificados como os escrivães Antônio Claudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira, e o inspetor Gabriel de Souza Ferreira. Os corpos foram levados para a Perícia Forense de Sobral e devem ser sepultados nesta segunda (15).
“Neste momento de dor e tristeza, a Polícia Civil do Ceará reforça que todo o aparato da instituição encontra-se disponível para os familiares e amigos das quatro vítimas, que são homens honrados que tanto contribuíram no combate à criminalidade no Ceará”, destacou o órgão.
Veja, abaixo, quem eram os agentes assassinados:
[ATUALIZAÇÃO ÀS 14H02]
ANTÔNIO CLAUDIO DOS SANTOS
O escrivão ingressou na Polícia Civil no ano de 2013. Tinha 46 anos e trabalhava há cinco anos no local onde aconteceu o crime.
Conforme a PCCE, há javia prestado serviços nas Delegacias de Sobral e Chaval. Anteriormente, havia trabalhado como agente penitenciário.
“Estamos muito chocados. Meio complicado isso acontecer no próprio local de trabalho. Ficamos sem mão, sem pé, sem chão e sem nada”, disse Irleno Santos, irmão do policial, em entrevista ao Sistema Verdes Mares.
Ele tinha duas filhas, uma de 5 e outra de 3 anos. Seu sepultamento ocorrerá em Camocim.
ANTÔNIO JOSÉ RODRIGUES MIRANDA
O escrivão de 43 anos ingressou na Polícia Civil em 2011. Ele prestava serviço na Delegacia Regional de Camocim, onde estava lotado desde a sua admissão.
Ainda com base no seu registro, antes de ser policial civil, Miranda trabalhou ainda como Guarda Municipal de Camocim.
Seu sepultamento também ocorrerá em Camocim.
FRANCISCO DOS SANTOS PEREIRA
Trabalhou na Polícia Civil durante 12 anos. Francisco prestou serviços na Delegacia Municipal de Granja e na Delegacia Regional de Camocim, onde estava lotado atualmente.
“Em seu registro, constavam elogios pelo excelente serviço prestado, bem como pelo bom atendimento ao público”, disse a Polícia Civil do Ceará.
Natural de Fortaleza, ele se mudou para Camocim quando passou para o concurso de escrivão na cidade. Conhecido como “Chicão”, tinha 47 anos e, futuramente, queria tentar a carreira de delegado.
Segundo a prima Mariana Almeida, em entrevista ao Sistema Verdes Mares, era um homem honesto, alegre e estudioso. “A sensação que ficamos é de impunidade, injustiça. Foi muito cruel”, afirma.
“Era uma pessoa que sempre queria mais da profissão. E um colega de trabalho fazer isso, ficamos pensando em quem confiar”, reflete Mariana.
O escrivão deixa três filhos: uma de 17 anos, um de 7 e outro que não completou um ano. O enterro acontecerá no Eusébio.
GABRIEL DE SOUZA FERREIRA
Natural do Piauí, era inspetor da Polícia Civil e tinha 36 anos. Ele foi admitido na Polícia Civil em 2013.
Atuou nas Delegacias de Ibiapina, Tianguá, Jijoca de Jericoacoara e Camocim, onde estava lotado atualmente. Será sepultado em Teresina.
Diário do Nordeste