A partida de Senna tem mais tempo do que eu tenho de existência (25), mas se torna um mero detalhe de percursso. Toda vez que alguém fala do acidente que o vitimou em 1994, as lágrimas escorrem na minha família. E quase todos sabem exatamente onde estavam naquele momento.
Assim, convivi com a dimensão daquela perda. Para o Brasil, Senna foi herói, sinônimo de vitória, tradução do orgulho que se poderia sentir ao empunhar a bandeira do Brasil no alto. Por muito, a certeza de que se teria um motivo para comemorar, festejar, através de uma corrida inimaginável.
Do homem de personalidade forte que deixa um legado muito além do tricampeonato na Fórmula-1, em 1988, 1990 e 1991 – que o torna o maior campeão do País no esporte ao lado de Nelson Piquet. A extensão na evolução em segurança dos carros de corrida e também no desenho das pistas.
Por isso, de fato, um patrono do esporte brasileiro, como determinou o vice-presidente Geraldo Alckmin, em cerimônia na última quarta-feira (26). Honraria dada a quem, pelos demais pilotos, em pesquisas das redes Autosport e BBC, já foi escolhido como o maior representante da modalidade.
Senna atingiu a imortalidade.