Policial militar é preso no Ceará por matar em homem em bar
Policial militar é preso no Ceará por matar em homem em bar

Testemunhas do assassinato que vitimou Carlos Anderson da Silva disseram em depoimento à Polícia Civil que o policial militar Hilquias Coelho Ferreira, preso por suspeito do homicídio, atirou no amigo que estava a mesma mesa de bar por se recusar a guardar a arma de fogo.

O crime ocorreu na quinta-feira, 30 de março, na cidade de Barro, no interior do Ceará, e foi filmado por câmeras de segurança. Os amigos bebiam em uma mesa de bar às margens da BR-116.

Quando Carlos Anderson percebeu que Hilquias estava bêbado, o amigo retirou a arma do policial e a guardou no carro do suspeito, estava estacionado ao lado do bar. Hilquias não gostou da atitude do amigo, se dirigiu até o carro, pegou uma arma de fogo e disparou na cabeça de Carlos Anderson, “sem qualquer advertência ou discussão”.

“Indiciado e vítima eram amigos e juntos ingeriam bebida alcoólica naquele fatídico dia. Na ação homicida teria sido feito uso de meio que tornou impossível a defesa da vítima, já que, além de desarmada, a vítima teria sido surpreendido com a ação do amigo e que, insatisfeito com o fato da mesma ter guardado sua arma de fogo, dirigiu-se a seu carro, voltou a se armar, retornou ao local e sem qualquer advertência ou discussão, pelas costas, desferiu disparo mortal “, diz o trecho da decisão judicial que negou a soltura do policial suspeito de matar o amigo.

 

Após o assassinato, ainda segundo relato de testemunhas, o policial militar fugiu em direção à cidade de Icó, a 95 quilômetros do local do crime, onde se envolveu em uma colisão. Em seguida, ele pegou carona até o município de Jaguaribe, onde foi preso.

Pedido de soltura negado

Carlos Anderson da Silva Mariano, de 33 anos, foi morto com tiro na cabeça disparado por policial em bar na cidade de Barro, no Ceará — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
Carlos Anderson da Silva Mariano, de 33 anos, foi morto com tiro na cabeça disparado por policial em bar na cidade de Barro, no Ceará — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

A defesa do policial solicitou a soltura, alegando que ele foi detido quando já não era mais perseguido e que, com ele, não foi achada a arma usada no crime. O juiz Luis Savio de Azevedo Bringel negou o relaxamento da prisão, afirmando que o fato de ele estar desarmado no momento da captura é “irrelevante”. O juiz também afirmou que o policial era, sim, perseguido quando foi localizado.

O juiz também considerou que o suspeito já responde pelos delitos de deserção, ameaça e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, “reforçando, dessa forma, a ideia de que efetivamente seja pessoal voltada à prática de delitos e que, em liberdade, logo voltará a cometê-los”.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) disse que determinou imediata instauração de processo administrativo disciplinar em desfavor do agente e solicitou também o afastamento preventivo dele.

g1

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