O vaqueiro José Pereira da Costa, conhecido com Zé do Valério, foi condenado a 26 anos e três meses de prisão, em regime fechado, nesta quarta-feira (15). Ele foi julgado por um crime cometido em 2013, quando a dona de um sítio onde ele trabalhava foi assassinada na cidade de Tauá, no interior do Ceará. Ele também tentou matar o esposo da vítima.
Há quase um ano ele havia sido condenado a 30 anos de prisão por estuprar e matar a tiros e pedradas a universitária Danielle Oliveira, em Pedra Branca, também no interior estado.
Conforme denúncia do Ministério Público, Zé do Valério se irritou com a dona do sítio após ela e o marido o terem demitido de suas atividades no sítio após um discussão com os patrões.
“Aproximadamente um mês após a efetiva cessão das atividades laborais, o pronunciado retornou à residência das vítimas e, aproveitando que a vítima Maria Solange Cesário estava sozinha, deu um tiro contra esta, e após, arrastou o corpo da vítima para um matagal com 300 metros de distância da casa”, diz a denúncia.
A sessão do júri teve início às 8h30, no Fórum da Comarca de Tauá, cidade onde a mulher foi assassinada a tiros e teve o corpo ocultado.
O júri reconheceu, entre as qualificadoras, o motivo fútil. A sessão foi presidida pelo juiz Frederico Costa Bezerra. Na sentença, o magistrado enfatiza que o réu praticou dois delitos de homicídio duplamente qualificado, um consumado contra a vida da mulher, e o outro tentado e não consumado, contra a vida do esposo dela.
Outra condenação
Zé do Valério, foi condenado a 30 anos de prisão, 1 mês e 15 dias, em regime fechado, nesta quarta-feira (25). Zé do Valério é acusado de estuprar e matar a tiros e pedradas a universitária Danielle Oliveira, em Pedra Branca, no interior do Ceará.
Da pena, 21 anos e 10 meses foram pelo homicídio, e 8 anos e 3 meses pelo estupro. O crime aconteceu em abril de 2019. A universitária Danielle Oliveira, de 20 anos, foi encontrada em um sítio vizinho ao da sua família, na localidade de São Gonçalo, despida e com um ferimento no olho esquerdo, no dia 25 daquele mês.
Denúncia do MP
Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o vaqueiro chamou a jovem para fora do sítio, apontou uma arma de fogo em direção a ela querendo um beijo e um abraço. Após a jovem recusar, o criminoso levou Danielle para um matagal, onde cometeu o crime. O laudo cadavérico confirmou morte por traumatismo cranioencefálico com asfixia. O laudo também apontou sinais de violência sexual.
A denúncia do MPCE foi requerida pela promotoria, que pediu que Zé do Valério fosse pronunciado e, posteriormente, condenado pelo Tribunal do Júri por crime de homicídio por motivo torpe, meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A promotoria também considerou evidente se tratar de feminicídio, já que o assassinato foi praticado mediante menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Caçada e prisão
Conforme a Secretaria da Segurança Pública, o criminoso estava escondido em uma região de mata. Policiais da Força Tática e do serviço reservado da região de Crateús efetuaram a prisão, com apoio de um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).
Ainda segundo a polícia, Zé do Valério sobrevivia em mata por meio de caça. Durante perseguição, em 21 de junho, ele chegou a trocar tiros com os policiais e fugiu. Os agentes de segurança apreenderam panelas e o material que ele usava para preparar comida.
g1