Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado pela família na delegacia local, no mesmo dia. Além disso, a mãe contou que foi à creche conversar com a diretoria sobre o ocorrido com o filho e relatou que foi pedido à família para não seguir com a denúncia. “Apenas pediram para a gente não levar para a frente, mas a gente vai. A gente está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar”, garantiu.
SECRETARIA REPUDIA AÇÃO
A Secretaria da Educação do Crato informou que tomou medidas junto aos responsáveis pela instituição de ensino e encaminhou a denúncia para a Procuradoria do Município, que está orientando os procedimentos legais a serem adotados a partir de agora.
“O Governo Municipal do Crato e a Secretaria de Educação repudiam todo e qualquer ato de violência, destacando a importância de uma gestão humanizada, com a valorização do aluno, e dos profissionais da educação, principalmente perante os seus procedimentos. Todo o suporte necessário de acompanhamento ao aluno e à família serão adotados”, afirmou a Prefeitura.
Nesta quinta (8), o menino agredido não retornou à escola. “A gente vai dar um tempo”, disse Ana Clara.
INVESTIGAÇÃO
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que a Polícia Civil apura os maus-tratos sofridos pela criança. “O caso está a cargo da Delegacia Regional do Crato, unidade que realiza diligências e oitivas para elucidar os fatos. Imagens de vídeo auxiliam as investigações”, afirmou o órgão.
O Diário do Nordeste também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura do Crato para tratar do assunto e aguarda posicionamento.
O QUE DISSE A CRECHE
Em nota publicada no Instagram, o CEI Projeto Menino Jesus afirmou que repudia “toda e qualquer ação de violência” e pediu que fosse considerado “todo o trabalho desenvolvido [pela instituição] em prol do bem-estar das nossas crianças”.
A creche também garantiu que os gestores do equipamento não compactuam com ações que não garantam a segurança integral das crianças e disse que seriam tomadas medidas cabíveis para que situações semelhantes não se repitam, “pois não condizem com os valores da instituição”.
Nos ‘Stories’ da página, foram compartilhados vários relatos de pais de alunos e ex-alunos reforçando a confiança que depositam na unidade de ensino e acreditando que o caso foi “isolado”.