A prisão de Ovidio Guzmán, filho do chefão do narcotráfico “El Chapo”, causou uma onda de violência no estado de Sinaloa, no México. Guzmán, que também é conhecido como “El Ratón”, foi detido nesta quinta-feira, 5, pelo Exército e pela Guarda Nacional do México sob a acusação de comandar uma facção.
A prisão acontece quatro dias antes da chegada do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao México. Os estadunidenses ofereciam 5 milhões de dólares pela captura de Ovidio Guzmán.
Prisão de filho de “El chapo”: violência em Culiacán
A captura do narcotraficante provocou tiroteios entre criminosos e forças de segurança em diversos pontos da cidade de Culiacán, capital do estado de Sinaloa.
A troca de tiros também chegou ao aeroporto internacional de Culiacán, onde um avião de passageiros foi atingido por um projétil pouco antes de decolar. Não houve feridos, informou a companhia Aeroméxico. Por conta dos incidentes, as atividades no terminal aéreo foram suspensas.
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Após os conflitos, o secretário de segurança pública de Sinaloa, Cristóbal Castañeda Camarillo, fez um tweet pedindo para que a população fique em casa até que a situação fique sob controle.
O Ministério da Educação do estado também suspendeu as atividades escolares.
Ray Donovan, o agente especial do Drug Enforcement Administration (DEA), que liderou a operação de captura de “El Chapo”, contou à BBC que “os filhos de ‘El Chapo agora ascenderam nas fileiras do cartel de Sinaloa e assumiram toda a organização”.
Ovidio já havia sido detido em outubro de 2019 em Culiacán, mas foi libertado por ordem do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, após atos de violências provocados após sua captura. A situação ficou conhecida como “culiacanazo”.
O Povo