Rovena Rosa / Tomaz Silva / Agência Brasil
Lula gastou R$ 22,05 milhões em seu primeiro governo. Já Bolsonaro, R$ 27,6 milhões. Entenda a comparação

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) gastou menos da metade em cartão corporativo dos gastos de Lula (PT) em seu primeiro mandato entre 2003 e 2006. As informações são do O Antagonista.

Lula gastou R$ 22,05 milhões em seu primeiro governo. Já Bolsonaro, R$ 27,6 milhões. Entretanto, corrigindo a inflação para valores de dezembro de 2022, o petista gastou R$ 60,7 milhões, e Bolsonaro R$ 30,8 milhões.

A coluna do UOL avaliou a base de gastos com o cartão corporativo, revelados hoje (12) pelo governo Lula, onde estão registradas 29.156 compras do primeiro mandato de Lula36.714 do segundo (2007-2010); 18.332 do primeiro mandato de Dilma (2011-2014), 20.337 dos mandatos de Dilma e Temer; e 13.339 compras de Jair Bolsonaro.

Os gastos de Bolsonaro também foram menores que o segundo mandato de Lula (R$ 48,9 milhões) e o primeiro de Dilma (R$ 42,3 milhões), ao reajustar a inflação. Jair só não gastou menos que o segundo mandato de Dilma e Michel Temer, que gastaram cerca de R$ 25,5 milhões de 2015 a 2018.

De acordo com O Antagonista, os dados apontam ainda que o primeiro mandato de Lula teve gastos médios de R$ 41.636 por dia de governo, enquanto Bolsonaro teve média de R$ 21.117. Quem mais economizou foi o de Michel Temer que gastou em média de R$ 15.857.

 

Em anos eleitorais, ninguém usou o cartão corporativo como Lula

Em valores corrigidos, petista gastou quase R$ 26 milhões em ano eleitoral; Dilma Rousseff, sua sucessora, também rompeu a barreira dos oito dígitos
Em anos eleitorais, ninguém usou o cartão corporativo como Lula
Foto: Adriano Machado/ O Antagonista

Considerando apenas os anos eleitorais, ninguém gastou mais com cartão corporativo, entre todos os presidentes, que Lula em seus dois primeiros mandatos. Em valores anualizados, o petista gastou, nos anos de 2006 e 2010, R$ 25,7 milhões em compras no cartão pessoal da presidência, sendo que o equivalente a R$ 12,3 milhões foi no ano em que tentou a reeleição, em 2006.

Os dados foram revelados nesta quinta-feira (12) pelo governo federal.

Em 2010, o gasto foi ainda maior – R$ 13,3 milhões – quando ele nem era o candidato a reeleição. Naquele momento, Lula apoiava a candidatura de Dilma Rousseff à presidência. Os gastos também têm aumentos sensíveis em 2004 e 2008, anos de eleições municipais.

A segundo lugar na pirâmide de gastos nos últimos 20 anos pertence a Dilma Rousseff, que gastou o equivalente a R$ 14,9 milhões no seu único ano eleitoral como presidente, em 2014. Ao contrário do seu padrinho político, a conta de Dilma não cresceu em 2012, ano eleitoral nos municípios.

E Jair Bolsonaro gastou R$ 4,99 milhões em 2022, o menor valor entre todos (e menor que Michel Temer em 2018, que não concorreu a reeleição e usou R$ 6,1 milhões em seu nome). Bolsonaro, em valores anualizados, gastou pouco mais da metade que o petista em cartões corporativos.
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